Palavras de Vida Eterna


terça-feira, 30 de julho de 2019

Não Chores

Chorar é um dos primeiros atos que realizamos na vida. Nascemos chorando. Nessa fase de nossa existência é justamente o choro que nos permitirá sobreviver. Há mães que conseguem distinguir a dor que seu bebê tem – seja cólica, dor de ouvido, ou fome – através do choro.

Ainda na infância choramos quando caímos, choramos quando estamos sozinhos, choramos de medo, saudade ou desamparo. Crianças aprendem também que chorar ajuda a chamar a atenção sobre elas.

A Bíblia diz que o nosso choro é ouvido por Deus. Foi por causa do gemido de seu povo cativo no Egito que Ele agiu para libertá-lo (Ex 2.24). É digno de menção o gesto do rei Ezequias quando soube que possuía uma enfermidade mortal, e teria poucos dias de vida. Ele não teve dúvidas: orou e “chorou muitíssimo” (Is 38.3). No popular, “abriu um berreiro”. Deus ouviu o seu choro e viu suas lágrimas, e concedeu-lhe mais 15 anos de vida.

Quando os filisteus levaram cativas as mulheres de Israel, Davi e o povo “choraram até não terem mais forças para chorar” (1 Sm 30.4). Deus sabe porque choramos. Ele conhece o nosso gemido, nem precisa articular palavras.

Desconfio que tem um lugar no céu onde o Eterno recolhe todas as lágrimas derramadas por seus filhos e filhas: “recolheste as minhas lágrimas no teu odre, estão todas inscritas no teu livro” (Sl 56.8).

Jesus falou que seriam bem-aventurados os que choram, porque Ele haveria de consolá-los. A Bíblia registra pelo menos duas ocasiões em que o próprio Jesus chorou: ao saber da morte de seu amigo Lázaro (Jo 11.35) e quando entrou em Jerusalém e viu o mal que viria sobre aquela cidade (Lc 19.41).

Lágrimas têm poder curativo, limpam a alma. Glândulas endócrinas liberam noradrenalina e serotonina produzindo uma melhora de estado geral do corpo.

Uma pergunta se faz necessária: todo choro é justificável?

Realmente haverá os dias maus em que será tempo de chorar, mas com certeza ele não será perpetuado indefinidamente; há tempo de prantear e haverá tempo de saltar de alegria (Ec 3.4). Portanto, o choro não pode ser uma “marca” do cristão. Deus promete que o choro pode durar a noite inteira, mas Ele nos fará sorrir pela manhã (Sl 30.5).

Certamente não podemos ser como Jacó que quando soube da morte de seu filho José, “recusou-se a ser consolado” (Gn 37.35). O choro constante do crente pode indicar um problema, uma inadequação, uma ausência de limite. Vejamos:

1) Não é para chorar por qualquer coisa. Avalie se realmente é motivo de chorar. O profeta Jonas ficou desgostoso com Deus, e pediu a Ele para morrer, pois não valia mais a pena viver. O motivo? Deus não destruiu a Nínive e não fez o mal que prometera aos ninivitas. Isso é motivo para chorar? Para Jonas era. Mas vem Deus e lhe pergunta: “É razoável essa tua ira?”. Ou seja: “Pare com isso, rapaz, isso não é motivo de desgosto”.

2) Não chore além dos limites. Alguém o feriu? Doeu? Chore mesmo. Mas cuidado, não exagere sua dor. Na vida, a todo momento seremos feridos, e por uma razão muito simples: as pessoas não existem para nos satisfazer. Muitas nos farão chorar. Mesmo aquelas que nos amam. E por uma simples razão: também fazemos chorar a quem amamos. Foi ferido? Chore o tempo necessário para digerir a dor, mas depois enxugue as lágrimas.

Davi sabia quando parar. O filho que tivera com Bate-Saba adoeceu gravemente. O rei busca a Deus, jejua e passa as noites prostrado em terra, lamentando e chorando pela criança. Ao sétimo dia morreu a criança e seus servos temiam informá-lo. O rei percebe os cochichos e pergunta se o seu filho morrera. Eles responderam: Morreu. Surpreendentemente Davi levantou, lavou-se, mudou de vestes, entrou no templo para adorar, depois voltou para sua casa e pediu pão (2 Sm 12.20). Ninguém entendeu nada! Davi, então explica: “Enquanto a criança era viva, jejuei e chorei, porque dizia: quem sabe o senhor se compadecerá de mim. Porém, agora que é morta, poderei eu fazê-la voltar? Um dia eu irei a ela, porém ela não voltará para mim”. Que ensinamento tremendo. Davi estava dizendo: é hora de voltar à vida!

3) A vida não tem sido justa para com você? Conheço muita gente que a vida tem sido injusta, mas que aprendeu a sorrir. Habacuque ensina: “ainda que a figueira não floresça”, o Senhor será minha alegria. Nada de choro.

Um dia Jesus passava pela cidade de Naim quando o enterro do filho único de uma viúva passou por ele. Certamente havia uma grande comoção, mas Jesus vendo o sofrimento da mãe disse-lhe: “Não chores!” (Lc 7.13). Fico me perguntando: como não chorar numa situação dessas? Hoje em dia muitas mães também choram por seus filhos, sendo levados “mortos” por um cortejo de falsos amigos e pecadores. Jesus também se compadece delas e concede-lhes sua palavra de consolação e a promessa de que – a despeito da morte – Ele tem pleno domínio da situação. Só Ele transforma cortejos fúnebres em gritos de louvor.

Sim, somente Deus pode converter o meu pranto em danças, de transformar a minha veste de lamento em veste de alegria (Salmo 30.11).

Autor: Daniel Rocha, pastor
dadaro@uol.com.br

domingo, 28 de julho de 2019

É Deus que Você Precisa, Cara Pálida!

“Receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade...” (2 Co 11.3)

Há menos de um século nossas avós passavam algumas horas do dia preparando a comida no fogão a lenha, outras tantas horas esfregando roupas num tanque e estendendo-as no terreiro para quarar (significa: “clarear roupa ao sol”) e depois levavam um longo tempo passando com ferro à brasa. Tudo era difícil e demorado. Era um período em que se sonhava com uma tecnologia onde a vida seria mais fácil,  haveria mais tempo livre e as pessoas seriam mais felizes.

Esse tempo chegou. Compramos comida pronta nas prateleiras dos mercados ou a fazemos em minutos no microondas. Lavamos toda a roupa em modernas lavadoras. Hoje todos possuem o seu celular, computador e um carro na garagem. Mesmo as classes mais pobres vão ao paraíso das compras. É inegável que todas as áreas da vida sofreram uma tremenda revolução.

Essa profusão de possibilidades proporcionadas por um mundo globalizado atingiu também a religiosidade das pessoas. Há religiões para todos os gostos: orientais, esotéricas, africanas ou xamanistas. E de bônus pode-se buscar nos espaços holísticos, a meditação, yoga, astrologia ou wicca.

Na fé cristã agora o serviço é “a la carte”. Sob o argumento de que a mensagem da fé antiga já não consegue mais atender aos anseios do homem moderno, passou-se a formar igrejas “especializadas” que buscam a satisfação total da clientela: cada um escolhe a que mais se adapta a seus gostos e necessidades. Há um grande conglomerado da fé que foca seu marketing nas enfermidades;  um outro desenvolve atendimento para empresários que buscam solução para seus negócios; outro, oferece ascensão social para as classes C e D; e também já temos comunidades que atendem seus fieis por orientação sexual. Enfim, é a especialização da fé centrada na “necessidade” dos clientes.

Diante de tantas possibilidades, não podemos deixar de perguntar:
O mundo está melhor?

As pessoas estão mais felizes e com mais tempo para ficar com a família, passear e compartilhar de momentos juntos?

A imensa variedade de doutrinas religiosas tornou as pessoas menos individualistas, mais tolerantes, mais preocupadas com o coletivo?

Essa abundância de expressões de fé tem levado as pessoas a serem mais tementes a Deus, são mais enternecidas?

A percepção é clara: apesar de todos os progressos e a despeito das variedades de escolhas ao nosso dispor, o mundo não está melhor.

As longas viagens do passado encurtaram, mas a distância entre as pessoas aumentou. “Aprendemos a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mas ainda não aprendemos a andar como irmãos” (Martin Luther King).

Ao mesmo tempo em que diminuíram as dificuldades nas rotinas diárias, aumentou em proporção inversa o consumo de álcool, antidepressivos e drogas para dormir. A ansiedade tomou conta dessa geração. Males antes raros, como a Síndrome do Pânico ou a Síndrome de Burnout surgem como resultado do mal estar da modernidade.

As pessoas estão perdendo a capacidade de sentir, e a insensibilidade está dominando a vida. Cada vez mais é preciso  exagerar, chegar aos limites, porque os sentidos estão ficando embotados. Um bom show se mede pela potência dos watts, um filme pela quantidade de efeitos especiais, o sexo pela sua explicitude. São tentativas de estar o tempo todo estimulado por “drogas” que tentam manter vivas na UTI almas adoecidas.

Michael Jackson precisou construir um imenso parque de diversões só pra ele, Neverland, imaginando que ali seria feliz.... É uma Terra do Nunca, literalmente. Imelda Marcos, esposa de um ex-ditador filipino, ficou famosa porque possuía três mil pares de sapatos. Se usasse um por dia, levaria oito anos para experimentar todos.

Este é o mal do nosso tempo: a insensibilidade. Perdemos a capacidade de sentir alegria... de sentir prazer... até mesmo sentir aquela tristeza genuína que cura e nos torna humanos. 

Quem vive à busca de sensações no mundo, irá fazer exatamente o mesmo quando se tornar religioso: se não houver show, decibéis, luzes, pirotecnias, fumaças....  não conseguirá “conectar-se” com o Sagrado.

Olhe para um leão enjaulado. Ele tem comida e tem segurança. Entretanto ele está visivelmente estressado e anda  impaciente de um lado a outro.  Não, ele não necessita de mais comida, e pouco se importa de ter proteção naquele lugar: ele quer liberdade e satisfazer o seu sonho que está nos prados selvagens.

Da mesma forma você não precisa de um celular com design mais moderno com 4 chips, nem do novo ipad, tablet ou um processador mais potente no seu laptop. De igual modo, você não precisa ir à busca de estímulos sensoriais com a sensação gospel do momento.... Pare com esse auto-engano. Seu problema não é este.

Tanto o descrente quanto o religioso precisam de Deus!  Assim como Jacó, precisa buscar a Deus no silêncio, na penumbra, em lutas nas madrugadas insones... só você e Ele. Não mais o “deus” televisivo das promessas fáceis e fúteis, não mais o deus do “venha a mim e acabaram os seus problemas”. Aliás, eu não creria num Deus que me tratasse como um boneco ou um animal enjaulado dando-me comida de hora em hora. Quero o Deus que liberta das amarras, que dá sentido às coisas – mesmo aquelas mais desagradáveis.  Busco o Deus que espera que eu viva os sonhos que um dia Ele plantou em mim, o Deus que me faz crescer, me carrega no colo quando preciso, mas como Ele não me quer infantilizado o resto da vida, me coloca ao chão tão logo eu possa caminhar, e me diz: “Vai em paz... estarei sempre perto de você quando precisar, mesmo que não perceba a minha Presença”.

É Deus que você precisa, cara pálida. Nada mais.

Daniel Rocha, pastor
dadaro@uol.com.br

Tudo Entregarei?

Um dos clássicos da hinologia protestante é um hino que fala de total consagração a Deus, chamado: “Tudo deixarei”. O seu autor é Judson Van de Venter (1855-1939). A letra foi escrita no exato memento em que o autor decidiu entregar totalmente sua vida a serviço de Cristo. Ele renunciou a uma carreira de professor universitário numa cidade da Pensilvânia, EUA.  Nos meses anteriores a esta decisão, ele passou por uma tremenda luta pessoal, quando as dúvidas e os desejos naturais os pressionavam a não abrir mão de sua vitoriosa carreira.  A partir de então, decidiu ocupar-se apenas com o desafio de pregar o evangelho.

Peço a você que leia as palavras do hino abaixo. Se conhecer a melodia, cante-a neste momento como uma oração que você faz a Deus:

Tudo a ti Jesus consagro;
Tudo, tudo deixarei...
Tudo deixarei,
Tudo entregarei,
Sim, a ti Jesus bondoso
Sempre seguirei

O que você acabou de cantar é a mais bela e a mais desejada oração que Jesus quer ouvir de seus lábios (desde, é claro, que ela expresse o mais puro desejo de seu coração).

Infelizmente, hoje vivemos uma fé em que ninguém quer “deixar” nada, nem “entregar” nada. Ao contrário, a linguagem que predomina nos lábios dos crentes é exatamente oposta:

“Eu quero de volta”....
“Tenho direitos, sou filho do Rei”....
“Nasci pra ser cabeça e não cauda”....
“Não se contente com pouco meu irmão”....
“Recebaaaaa”....

O que muito cristão não compreende é que nesta existência podemos até receber muitas e muitas coisas do céu, e mesmo assim ter uma existência miserável.  Quando o povo hebreu vagava pelo deserto e chorava de saudades pelas carnes, pepinos e melões do Egito, Deus atendeu às suas murmurações, atendendo-lhes ao desejo de seus corações.  Mas o que aconteceu em seguida?

“Concedeu-lhes o que pediram, mas fez definhar-lhes a alma” (Salmo 106.15)

O mais importante na vida do cristão não é receber... nem ter... nem obter... nem aumentar... Aliás, o Salmo 73 – que trata da questão da prosperidade dos maus –  nos sugere que essas coisas talvez ocorram mais na vida do ímpio que do crente. A questão chave para o cristão não é ganhar, mas renunciar... entregar... abrir mão....  Obviamente Deus não está interessado em nenhum “sacrificiozinho” de nossa parte: Ele não aceita menos que tudo!

E por que este pedido tão radical? No fundo, Deus quer saber de nós:  És capaz de entregar tudo e caminhar de mãos vazias? Abraão, és capaz de caminhar sem o teu Isaac? Jovem rico, és capaz de caminhar sem a sua fortuna?

Eu diria que está faltando nos dias de hoje a compreensão de que Deus espera de nós a totalidade de nossa vida, quer o melhor de nosso tempo, o melhor de nossa capacidade...  Mas não apenas isto: ofereça-Lhe também o seu cansaço, a sua limitação, suas dúvidas, suas fragilidades... Deus se agrada disso, e Ele sabe o que fazer com isso.

Lembre-se: um menino alimentou uma multidão faminta de cinco mil homens porque decidiu entregar tudo aquilo que ele tinha: cinco pães e dois peixinhos. Entregue pra Deus tudo o que você tem e é. Ele sabe o que fazer, Ele sabe.

O que hoje você tem de mais precioso? Ofereça, então, agora ao Eterno, e louve:

Tudo deixarei,
Tudo entregarei,
Sim, a ti Jesus bondoso
Sempre seguirei

Daniel Rocha, pastor
dadaro@uol.com.br

Tô nem ai?

“Tô nem aí, tô nem aí...!!!” . Já ouviu essa música?

Vivemos a geração do “Tô nem aí!”:

Tô nem aí com os problemas do mundo (já tenho os meus)...
Tô nem aí com a matança diária na Síria (é longe daqui)...
Tô nem aí com o problema dos viciados (é melhor que permaneçam juntos na cracolândia),
Tô nem aí com desmatamento, aquecimento global, corrupção....

Embora comum, essa é uma postura individualista, egocêntrica e luciferiana, mas que acabou entrando também na vida do povo de Deus. Observe os megashows e megaencontros evangélicos: é como se não houvesse problemas no mundo e todos que estão ao lado fossem “invisíveis”, e portanto não importa saber quem são, nem conhecer suas vidas, ou partilhar de seus problemas. O único pensamento é: Tô nem aí, eu vim buscar.......... (preencha com: emprego / carro / bênção / meus direitos / casa / dinheiro / marido / namorada). É algo mais ou menos do tipo: “Sou salvo, estou tranqüilo, só tenho de me preocupar comigo”.

Multidão sem koinonia (comunhão) não é igreja. É ajuntamento. A falta de relacionamento íntimo e estreito entre as pessoas, sem participar de suas vivências, experiências e sentimentos descaracterizam e mutilam o Corpo de Cristo.

Deus, em todas as épocas, sempre pretendeu levantar um povo seu que se importa:
Se importa com o mundo;
Se importa com quem ainda não tem Jesus;
Se importa com quem está ferido;
Se importa com seus irmãos, se alegra e chora com eles;
Se importa em participar da vida de sua comunidade de fé;
Se importa em dar o melhor de si para Deus;

Faça um pequeno teste para saber em que grupo você se encontra, se é dos que se importam ou dos “tô nem aí”

Autor: Daniel Rocha, pastor
dadaro@uol.com.br

P.S.
Saiba mais por quem se importar: www.portasabertas.org.br

sexta-feira, 26 de julho de 2019

Fascinados pelo Senhor Jesus Cristo

No Evangelho de Lucas 19.47-48, lemos: “E todos os dias ensinava no templo; mas os principais sacerdotes, os escribas, e os principais do povo procuravam matá-lo;  mas não achavam meio de o fazer; porque todo o povo ficava enlevado ao ouvi-lo.” (RA 1ª ed.)

RA 2ª ed.–       “Todo povo ao ouví-lo ficava dominado por Ele”

NTLH –           “... todos o escutava com muita atenção”

NVI –              “Todo o povo estava fascinado pelas suas palavras”

Nos dias que antecederam a sua morte, Jesus ia todos os dias no templo ensinando ao povo, suas palavras eram como aquelas aos discípulos no caminho para Emaús – Ardia o coração de todos que a ouviam; suas palavras para a multidão eram Espirito e Vida, seu ensino representava sua AUTORIDADE, suas palavras não eram apenas VERDADE mais também PRÁTICA, ou seja, REALIDADE ou seja, suas palavras  representavam a ELE PRÓPRIO, Seu CARÁTER; podemos entender que o povo que ouvia JESUS estava FASCINADO pelo próprio JESUS, Ele pelo seu comportamento, distinção e autoridade, exercia fascínio a todos os quais o ouviam.

A palavra para “Fascinado”, no grego, expressa a idéia de Dominado, Pendido, Inclinado - o substantivo Fascínio expressa muito bem esta idéia.  Todos estavam fascinados por Jesus, Jesus exercia um fascínio sobre todo o povo.

Convido a todos a refletir sobre a seguinte pergunta: “O que é SER fascinado pelo Senhor Jesus Cristo?”

1. Antes, porém devemos considerar: “O que mais FASCINA você?“; ou ainda “quem ou o que é o alvo do seu Fascínio?”

A. Alguns podem dizer: o que mais me fascina são pessoas famosas por que são poderosas: como políticos, militares, personalidades históricas, pessoas carismáticas, pessoas talentosas.

B. Outros talvez dissessem: O que mais me fascina são coisas como: Casa, Carro, Livros, Conhecimento/Estudo, Televisão, Filmes, Novelas, Dinheiro, Profissão.

C. E outros ainda: o Que me fascina no secreto são os prazeres como: a Luxúria (ou sexo) Comida/bebidas, meu Orgulho pessoal, minha própria capacidade.

 Pergunte a si mesmo com sinceridade: O que realmente fascina você?

 2. Em Lc 19.48, o Povo viu algo em Jesus, e creio que foi a Sua REALIDADE e a Sua AUTORIDADE que fizeram aquela multidão ficar fascinada pelo Senhor, eles viram algo diferente que eles não encontravam nos líderes religiosos de sua época, destes líderes eles ouviam apenas palavras históricas, mortas, uma religiosidade de aparência e sem qualquer Realidade, Talvez parecido com o que vemos hoje, mas Jesus veio e quebrou isto, ELE mostrou o que é VIVER o que SE PREGA, o que é FALAR e Acontecer, ELE PERDOOU, CUROU, SALVOU, trouxe à VIDA a MORTOS, enfrentou o Diabo e suas hostes... JESUS fez um REBOLIÇO em sua época, mas eu pergunto: Jesus mudou na atualidade? Ele ainda pode provocar um reboliço em nós? –  Heb 13:8, diz: “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente”, se Ele não mudou, é o mesmo, é bem possível que o problema esteja em nós mesmos, perdemos o fascínio por Ele.

Como podemos ver o Senhor Jesus hoje?

 A Bíblia diz: No Antigo Testamento o “EU SOU” se manifestou a Moisés; No Novo Testamento o “EU SOU” se manifestou ao mundo (João cap 1 e 3:16,17)

 O SENHOR JESUS veio se mostrar o que significa o EU SOU, ELE É TUDO o que precisamos, vamos ver alguns destes aspectos dos quais ELE se declara SER e de fato é no Novo Testamento:

Em Filipenses 2, O Apóstolo Paulo diz que Jesus: É o Messias, o Cristo, o Salvador, o Senhor de toda a humanidade: Ele é o Deus que se esvaziou da sua divindade tomou a forma de homem/servo, se humilhou, e foi obediente até a morte e morte de cruz; - Isto Fascina você?
Em João 11, Jesus É a ressurreição e a vida e todo aquele que estiver nELE, ainda que esteja morto viverá - O Senhor nos dá uma esperança ETERNA, e isto? Exerce um fascínio sobre você?
Em João 1, é dito que Jesus É o verbo de Deus, o Pai, Ele É a atitude, a ação de Deus - Se você quiser ter atitudes certas é só buscá-Lo, e Isto, Te fascina?
Em João 10, Jesus É a Porta das Ovelhas: e quem entra por ELE encontrará pastagens, segurança - NELE há um lugar inigualável de habitação e cuidado; e isto, te faz ser fascinado por ELE?
Em João 10, Jesus É o BOM PASTOR: é quem deu a vida pelas ovelhas, É aquele que conhece as ovelhas e é conhecido pelas ovelhas - Ele se relaciona com os seus, alguém nesta Terra pode se comparar a este tipo de Líder?
Em João 6, Jesus É o PÃO da VIDA e a ÁGUA da VIDA - Se alguém se alimentar dele, nunca, jamais, voltará a ter fome e sede de coisas desta Terra, há algo nesta Terra que se iguala a esta realidade?
Em João 14 e 16 Jesus diz que ELE É quem dá o Espirito Santo para habitar em nós - Agora ELE não está mais do lado de FORA, mas DENTRO de nós; e isto, é fascinante?
Em João 14, ELE É a nossa PAZ - Não temos a necessidade de estarmos preocupados, ansiosos, nem temerosos, Aleluia! Isto como me fascina.
Em João 8: Jesus diz que ELE É a LUZ do MUNDO - nELE podemos também sermos SAL e LUZ do Mundo; Ele tem capacidade para nos transformar, isto também É fascinante!
Em João 14:6: Ele diz EU SOU o CAMINHO, A VERDADE (ou REALIDADE) e a VIDA – ELE é o único ACESSO ao PAI; E a nossa única fonte de VIDA Verdadeira e Real
João 15 diz: “EU SOU a videira verdadeira”- nELE podemos ter vida, amor, e DAR FRUTO, Mais FRUTO e MUITO FRUTO; ou seja, ELE nos fascina pois ainda quer nos usar.
Ap 1:8 Diz que ELE é o SENHOR DEUS, o ALFA e o OMEGA, o inicio e o fim, aquele que É, que ERA e que HÁ de vir – O TODO PODEROSO, o grande Fascínio!
Jesus ainda é muito mais; mas quero dizer que JESUS é o nosso EXEMPLO, ou melhor, O nosso MODELO –
Logo JESUS É o alvo da nossa FASCINAÇÃO, por que ELE é TUDO em TODOS. – Paulo mostra isso em Fl 3:9-11
Se necessitamos de algo, Jesus É Tudo o que precisamos (o EU SOU), e isso é definitivamente fascinante; Ele é alguém por quem podemos nos fascinar, deixar dominar, nos inclinar totalmente.
3. Volto então à pergunta original deste texto: “O que é SER Fascinado pelo Senhor Jesus Cristo?”

     Na minha vida tenho encontrado algumas respostas:

SER FASCINADO por Jesus É Reconhecê-lo: Jo 1:12: “Mas a todos que o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus aos que crêem no Seu nome” – Somos Filhos de Deus, Deus é nosso Pai, Jesus é o primogênito dentre muitos irmãos – E eu reconheço isso!
SER FASCINADO por Jesus É OUVI-LO em TUDO, como aquele povo, ouvia a Jesus e estava fascinado com suas palavras.
Vemos no monte da Transfiguração que o Pai disse a Pedro, Tiago e João: “Este é o meu filho amado a ELE ouvi” (Mc 9:7)
Em Hb 1:2 diz que “Nestes últimos dias o Pai falou pelo filho...”
Há muitas formas de OUVIR ao Senhor Jesus, seja através da PALAVRA de DEUS, a Bíblia, ou através das circunstâncias por piores que sejam, ou mesmo na vida de pessoas próximas e de longe; na busca pessoal do dia a dia – a VOZ do Senhor está dentro de nós e sempre está pronta para se manifestar em nós! Sejamos fascinados por Ouvir ao Senhor!

SER FASCINADO por Jesus É permitir que ELE cresça em MIM e EU (EGO) diminua, Rom 8, nos diz que O Senhor Jesus apesar de nos tratar como filhinhos, Ele deseja que sejamos FILHOS MADUROS. A vida que Ele nos dá no novo nascimento, Cresce!
E o resultado de sermos filhos Maduros está em Rom 8:29 “Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos;”
Ele só cresce se eu diminuo, devo aprender a levar a MINHA CRUZ, ou seja, fazer escolhas que agradem ao SENHOR a cada dia e para isso preciso aprender a OUVÍ-LO, e assim OBEDECER. Isso se chama CARÁTER de CRISTO formado em nós!

SER FASCINADO por Jesus É SERVI-LO:
É ter um comprometimento pessoal com o REINO de DEUS em primeiro lugar e a sua justiça – sabendo que assim as demais coisas serão acrescentadas (Mt 6:33)
É estar atendo às situações que exijam o meu serviço, onde o meu EU não apareça, mas sim CRISTO em MIM!
É a prática habitual do serviço sincero, Rom 12:11-16
“não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor;  alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração;  acudi aos santos nas suas necessidades, exercei a hospitalidade;  abençoai aos que vos perseguem; abençoai, e não amaldiçoeis;  alegrai-vos com os que se alegram; chorai com os que choram;  sede unânimes entre vós; não ambicioneis coisas altivas mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios aos vossos olhos;”

Que o SENHOR gere em nós este FASCÍNIO e DEVOÇÃO de forma que em nós seja encontrada a SUA VIDA, e que a nossa VIDA seja um IMPACTO naqueles com quem nos relacionamos, e que no nosso ajuntamento, celebremos com amor e paixão o nosso SENHOR pelo qual vivemos fascinados.

“Se conhecermos a preciosidade do nosso Senhor, nunca será um sacrifício consagrar-nos a Ele.”- Christian Chen

Autor: Nelson Cardoso de Carvalho – Abril/2009

sábado, 20 de julho de 2019

O que Você, tem Feito pelo Senhor Jesus?

“... ela praticou uma boa ação para comigo”.

“É indispensável trazer na mente nestes dias altamente ocupados e de atividades sem descanso, que Deus olha para tudo a partir de um único ponto de vista, avalia tudo por uma única regra, prova tudo por um único critério, e este critério, que governa Seu ponto de vista é Cristo. Ele valoriza as coisas segundo mais próximas elas podem estar conectadas com o Filho do Seu Amor, e nada além. Tudo é feito para Cristo, tudo que é feito por Ele é precioso para Deus. Tudo mais é sem valor. Muito serviço pode ser realizado e uma grande porção de louvor pode ser oferecida através de lábios humanos, mas quando Deus o analisa, Ele irá buscar somente uma coisa e é medindo o quanto este serviço está conectado a Cristo. Sua grande questão será: este serviço foi realizado em e para o Nome de Jesus?” “Se for, ele foi aprovado e recompensado; se não, será rejeitado e queimado.” (trecho do artigo “Um Vaso de Alabastro” de CH Mackintosh) – tão antigo como atual – este artigo pode ser lido na integra no site Preciosa Semente.

Charles Henry Mackintosh (1820-1896)

Introdução:
Imaginemos o contexto desta passagem: estamos a alguns dias da morte de Jesus, é o momento dELE entregar a Sua vida, os inimigos de Jesus já não o toleram mais, Satanás está inflamando os seus corações e de Judas, e preparando com extremo cuidado seus planos para que Jesus não escape e que seja enfim derrotado.

Jesus por sua vez deseja cumprir a vontade do Pai, sendo obediente até a morte, e morte de Cruz, não há saída a Vida e a Morte se encontrará no Calvário, o Grão de Trigo morrerá, porém o resultado será o nascimento de algo, de alguém que destruirá o próprio inferno, A Igreja, o Corpo de Cristo na Terra, será o resultado de sua entrega total, o fruto da morte do grão de trigo, o 'está Consumado' será o grito ETERNO de vitória sobre a MORTE e o sobre o INFERNO.

Mas no meio deste contexto uma cena salta na escritura sagrada:

Jesus está assentado à mesa, na casa de Simão, o leproso. Talvez ele estivesse pensando em todas estas coisas mencionadas acima, talvez estivesse introspectivo/reflexivo.

Jesus, como de costume, estava sempre rodeado de pessoas necessitadas, de outras gratas a Ele, dos discípulos e outros tantos.

Uma mulher, porém, traz um vaso de alabastro, com unguento de nardo puro, caríssimo, entra na casa e vai até Jesus  quebra o vaso e derrama o unguento sobre na cabeça de Jesus;

Jesus não disse nada para ELA, apenas recebeu sua oferta.

A atitude desta mulher foi tão marcante que Jesus a honrou dizendo que por onde for pregado o evangelho, o que Ela fez seria contato para sua memória. Uma menção que persistirá por toda a eternidade.

Existem aqui algumas atitudes fundamentais que esta Mulher demonstrou que mostram o que é SER a Igreja de Jesus e que precisamos aprender para que o Senhor também possa eternizar a nossa obra, como fez com pessoas como Charles Wesley, Lutero, Charles Finney, George Mulher, Hudson Taylor, e outros.

1ª Atitude: A Mulher não se importou com o custo do seu Vaso de Alabastro
Ela simplesmente pegou aquele vaso, caríssimo, que seria usado para o seu casamento, talvez a sua única riqueza, e quebrou e ungiu Jesus;
Esta sempre tem que ser a nossa primeira atitude, não contabilizar a nossa ação para com o Senhor, fazermos para ELE, e se é para ELE nada será tão caro que não possamos pagar;
Como Davi, que comprou a terra para ali ofertar/sacrificar ao Senhor, pois ele decidiu que não daria algo ao Senhor que não lhe custasse nada. (2 Sm 24.24)
O que Deus tem pedido a você?
O que você tem sido tocado pelo Espirito Santo a dar para Jesus?
Como você tem respondido?


2ª Atitude: A Mulher não se importou com os outros
Esta mulher queria fazer o Seu melhor para Jesus, ela simplesmente pegou o vaso em sua casa e resolutamente foi em direção onde Jesus estava, não se preocupou com os comentários legalistas de quem não fez nada pelo Senhor, apenas criticaram sua disposição, seu amor, sua dedicação, ELA NÃO se IMPORTOU - SEU foco era Jesus Cristo e só ELE! Ela sequer perguntou para Jesus se Ele queria, pois ela sabia que o Senhor nunca rejeita quando nós derramamos o nosso melhor diante dELE.
O Senhor Jesus não rejeita a sua oferta quando ela é uma oferta de AMOR, quando você não é mesquinho e dá o seu tempo, os seus ouvidos para as pessoas, seus recursos para os que necessitam.
Você não precisa perguntar você não sente timidez, você percebe o que deve ser feito e faz.


3ª Atitude: A Mulher preferiu ouvir ao Senhor do que as pessoas ao seu redor
Quantas vezes tomamos uma decisão sincera de servir o Senhor, de fazer algo por Ele, fazer aquilo que o Espírito Santo colocou em nosso coração, sentimos a sua aprovação, mas logo paramos para ouvir conselhos que não nos estimulam a seguir o nosso sentimento espiritual, medimos o nosso esforço, erramos e deixamos as oportunidades passarem
Precisamos fazer aquilo que mostra o nosso amor por Jesus.
E o alvo de Jesus é um só: PESSOAS - Precisamos ajudar pessoas! E sempre que nos dispormos em ajudar, haverá aqueles que dirão: Cuidado, Não é bem assim, etc.
Ouça a Deus, ouça o Espírito Santo, ouça a Jesus primeiro - Conselhos devem ser buscados e seguidos, mas quando eles reforçam a paz que nosso coração aponta, aquela paz que só Cristo dá!


4ª Atitude: Ela Fez o máximo que pôde
Irmãos, nós fazemos o que podemos, e isso é sempre pouco para o Senhor, mas às vezes nos custa muito. Mas quando vencemos a nossa timidez, deixamos de nos importar com os outros, ouvimos o Senhor, e paramos de calcular o valor das coisas.
O Senhor toma esta ação/atitude e nos honra e o resultado é glória para Ele. E aprendizado para nós.
Então vamos ouvi-lo dizer: 'Ela/Ele praticou boa obra para comigo'


Conclusão:
Gostaria de terminar sugerindo uma leitura da Bíblia, refletindo sobre como o Senhor quer que pratiquemos boas obras para Ele: Mateus 25:31-40.

É tempo de se levantar e AMAR incondicionalmente a TODOS, os de dentro, os irmãos de outras igrejas, e as pessoas de fora da nossa comunidade;
É tempo de fazermos mais do que temos feito, não porque temos vontade ou por termos que obedecer apenas, não, mas porque AMAMOS o Nosso Senhor e sabemos que o resultado do Amor dELE em nós é nosso AMOR pelo nosso vizinho, amigo, colega, irmãos.
É tempo de parar de contabilizar a nossa perda, paremos de ouvir as palavras de desânimo, paremos de tampar os nossos ouvidos para o Senhor, paremos de dizer que o que podemos fazer é insuficiente.
É tempo de FAZER! É tempo de AGIR! É tempo de AMAR!

Texto Base: Mc 14.1-11/Mt 26.6-13

Autor: Nelson Cardoso de Carvalho

quarta-feira, 17 de julho de 2019

Sobre Santos e Mundanos

“Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele” (1 Jo 2.15)

Boa parcela de cristãos costuma fazer certa confusão quando se refere ao “mundo”. Embora a bíblia use sempre o mesmo vocábulo (kósmos), é preciso reconhecer os seus diferentes significados: há o “mundo”, globo terrestre, que inclui toda obra da Criação, a humanidade e suas gentes, e há o “mundo” entendido como perversão de valores, lugar de trevas e engano. Mundo, então, neste sentido, é a ideologia vigente que se rebela ao Eterno, e leva a tragédia à existência humana. Quem vive sob esta ótica não tem como amar a Deus, pois se tornou escravo do sistema e o seu “eu” é o seu próprio deus.

A bíblia alerta: “não ameis o mundo” (ideologia), mas diz que “Deus amou ao mundo” (pessoas).

Geograficamente, o cristão está “no” mundo, embora não seja “do” mundo, e Jesus roga ao Pai para que não tirasse os seus filhos do mundo, mas que tão somente  os guardasse do mal. (Jo 17.15)

Mundo-perversão não é necessariamente um lugar geográfico, mas ele sempre surgirá onde predominam pensamentos, atitudes e posturas contrárias ao Evangelho. Até a igreja pode ser mais “mundo” que o mundo se os seus valores estiverem invertidos. Disputa pelo poder, busca de sucesso e glamour, espírito de competição, e satisfação de interesses pessoais, sempre nascem de uma visão “mundana”.  Quando Lutero tentou evadir-se das mazelas da sociedade do seu tempo, se refugiou num mosteiro, mas logo percebeu que “o mundo” estava presente ali tanto quanto lá fora.

Pode um cristão compartilhar da amizade e companhia de pessoas “do mundo”? Claro, o mundo é o nosso campo de atuação, é onde a luz precisa brilhar, e o sal salgar. Jesus, orando ao Pai, disse: “Assim como Tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo” (Jo 17.18).

Quando Paulo escreve: “não vos associeis com os impuros” (1 Co 5.9) significa: “não comungueis com as ideias e posturas que não correspondam aos valores do Reino”. Ou seja, viva no mundo, mas não se prenda à valoração deste mundo. Não manter contato com “impuros” seria impossível, pois senão “teríeis de sair do mundo” (1 Co 5.10), finaliza o apóstolo.

Interessante, como um Jesus inegavelmente santo, vai às festas que o convidam,  não se importa com a fama de quem Ele se senta à mesa, dá de ombros quando é  chamado de “glutão e beberrão, amigo de pecadores” (Lc 7.34), e não faz acepção de pessoas. Em tudo isso ele não se maculou.

Um aspecto que a igreja às vezes tem dificuldades em admitir, é de que Deus além de ter amado o mundo de tal forma que enviou o Seu Filho, Ele também outorga as suas bênçãos a todas as pessoas, independentemente delas aderirem à fé ou não. É a “graça comum”, que embora não conduza à salvação de seus recebedores, é concedida pelo Pai que “faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos” (Mt 5.45). “O Senhor é bom para todos” (Sl 145.9), ensina o salmista.

Eric Lidell, campeão olímpico nos 100m em 1924, no filme Carruagens de Fogo disse: “Creio que Deus me fez para um propósito, mas Ele também me fez veloz, e quando eu corro, sei que agrado a Deus”. Mais tarde ele diria que “desistir de correr, seria despreza-Lo”. Depois Lidell tornou-se missionário e terminou seus dias num campo de concentração na China aos 43 anos.

É de Deus que vem todo talento e destreza nas artes em geral, na música, no cinema, teatro, esportes, na literatura.... Tudo que é belo, tudo o que é bom, e todo dom perfeito vem do Alto (Tg 1.17). Por vezes, muitos incrédulos são até mesmo mais aquinhoados com talentos que os próprios cristãos confessos, pois “os filhos do mundo são mais hábeis na sua própria geração do que os filhos da luz” (Lc 16.8).

Só assim é possível entender porque há tantas coisas boas na vida, produzidas por gente do “mundo”. Os versos de Pessoa, a voz limpa e clara da Ana Carolina, as canções do U2, o vozeirão rouco do Louis Armstrong, os dribles do Neymar, a guitarra do B.B.King, os girassóis de Van Gogh, a genialidade do Bill Gates, e tudo o mais que há de belo e perfeito tiveram origem em Deus. Origem em Deus, eu repito  – e não no diabo – ainda que estes não reconheçam nem glorifiquem ao Eterno.

Agora, quem não é capaz de ver beleza nestas coisas, duvido que aprecie o que verá no céu, pois na Nova Jerusalém os reis da terra apresentarão a Deus a glória que possuem e a honra das nações (Ap 21.24-26). Creio que lá estarão presentes o acervo do Louvre, do Masp e a metade de Florença com suas pinturas e afrescos.

Há coisas que estão no mundo, mas não são “mundanas”. Por isso, enquanto puder quero continuar levando meu filho ao estádio, assistir filmes que emocionem, dar muita risada com o Jim Carrey, gastar dinheiro com livros, ler a Folha e o Estadão enquanto tomo café, comer churrasco com a família reunida,  e descansar janeiro na praia, sem fazer nada...., pois “nada há melhor para o homem do que comer, beber e fazer que a sua alma goze o bem do seu trabalho. No entanto, vi também que isto vem da mão de Deus, pois, separado deste, quem pode comer ou quem pode alegrar-se?” (Ec 2.24-25).

Autor: Pr. Daniel Rocha
dadaro@uol.com.br

segunda-feira, 15 de julho de 2019

Eu, Discípulo?

“Que o próprio Deus da paz os santifique inteiramente. Que todo o espírito, alma e corpo de vocês seja conservado irrepreensível na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Fiel é o que vos chama, o qual também o fará” 1 Ts 5.23 e 24

"Porque, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo; pois é com o coração que se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação. Porque a Escritura diz: Ninguém que nele crê será confundido." Rm 10.9 a 11

"Jesus dizia a todos: Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me." Lc 9.23

Introdução:
Em 2004, foi lançado um filme chamado “Eu, Robô”, de Alex Proyas, Com: Will Smith, dentre outros. Gênero: Ficção científica, Ação

Este filme me levou a pensar por muito tempo sobre a questão da nossa diferença para máquinas inteligentes, e qual seria a diferença básica entre o Robô principal do filme (Sonny) e o protagonista (Detetive Spooner – Will Smith), o Robô tem uma espécie de singularidade, ou seja, se sente único, luta por sua liberdade, tem sonhos e desejo de reconhecimento, é sociável e deseja conhecer-se a si mesmo, vive conflitos pessoais e na ausência do seu Mestre e Criador (que se sacrifica no início do filme), tudo por causa de VIKI uma forma de inteligência artificial, que estava tomando o controle da humanidade. E a partir deste ponto sugiro que você veja o filme. No filme o Robô firma-se quando ele passa a entender o propósito para o qual foi criado.

Esta minha introdução diz respeito a mim e a você, o filme leva a reflexão de qual o propósito de nossas vidas, e talvez assistindo este filme você seja levado a pensar sobre individualidade e espiritualidade (fato que nos difere das máquinas inteligentes seja hoje e no futuro próximo). Afinal em nós foi implantado, pelo nosso Todo Poderoso Criador, um propósito eterno que não podemos negar, propósito este de natureza espiritual, porém o Ser Humano, na sua ânsia pelo individualismo (é um conceito político, moral e social que exprime a afirmação e a liberdade do indivíduo frente a um grupo, à sociedade e ao Estado) passa por cima destes propósitos e vive uma sensação de frustração, insatisfação e tristezas, a medida que o tempo passa e o vazio interno que existe em cada um não sendo preenchido, porém quando se entende o seu propósito eterno e nele caminha o Ser Humano experimenta a sensação e realidade da satisfação e alegria completa.

No Novo Testamento, os seguidores de Jesus receberam vários nomes: Irmãos, Crentes, Discípulos, Cristãos (mesmo que apelidados), porém Jesus foi claro, ele chamou 12 discípulos para aprender sobre este grande e eterno propósito.

Dentre estes nomes eu destaco o mais apropriado deles: DISCÍPULOS, e como título desta mensagem pensei: EU, DISCÍPULO?

Tento responder esta pergunta com os textos lidos anteriormente, e entendo que de fato, para todas as nossas frustrações, insatisfações, anseios, problemas, o segredo está no entender o seu propósito, e tornando-se discípulo de Jesus, você terá tudo o que precisa para uma VIDA PLENA e ABUNDANTE (João 10.10) :

1.   Falando sobre O Propósito de DEUS: 1 Ts 5.23 e 24
Fomos chamados

PARA: sermos SANTOS completamente,
AONDE: no Espírito, na Alma e no Corpo,
O QUE: Plenamente Irrepreensíveis (sem qualquer possibilidade de repreensão),
QUANDO: Até a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo
COMO: Pela Fidelidade dELE, ELE fará isso em nós,
SANTIDADE: indica a natureza de DEUS, Ele é um ser SANTO, separado, auto-existente, amoroso, todo poderoso, onisciente, onipresente; Ele nos Chama para participarmos da SANTIDADE dELE e sermos também SANTOS, só ELE que é perfeitamente SANTO pode nos tornar Santos, ou seja, aqueles que se aproxima dELE.

A SANTIDADE de DEUS leva a condição de resolver os problemas mais íntimos e insolúveis do Ser Humano em 3 níveis:

1º Nível: Espírito (grego: ZOE): É o nível mais fácil de santificação, chamado também de Novo Nascimento, o homem e a mulher ao CRER que Jesus é o Senhor (Rom 10:9,10) – Será SALVO e isso é um presente de DEUS (EF 2:8)

Você que está aqui, que ainda não Nasceu de Novo, se sente perdido, sem salvação, pecador, digno do inferno: eu te convido a refletir e proferir estas palavras de Rm 10.9 e 10 – Confesse com a sua boca que Jesus é o Senhor e no seu coração creia que Deus, o Pai, o ressuscitou dos mortos, você será SALVO, instantaneamente, e começará a entender o propósito de DEUS.

No espírito está nossa CONSCIÊNCIA, INTUIÇÃO e COMUNHÃO.

2º Nível: ALMA (grego: PSIQUÊ): é o mais complicado, pois é uma caminhada diária, escolhas voluntárias pela vontade do Senhor e não a sua, Jesus chama isso em Lucas 9:23, de levar a sua cruz diariamente (a cada dia).

A nossa alma é a parte mais complicada para o Senhor SANTIFICAR, pois nela estão nossas VONTADES (Eu Quero), EMOÇÕES (Eu sinto) e RAZÃO (eu penso).

Aqui precisamos exercer nossa vontade para escolher a Deus, ouvindo o Espírito Santo, ao invés de sermos independentes, auto-confiantes, cheios de justiça própria, e de orgulho.

Os exemplos bíblicos demonstram sempre vidas sendo tratadas no sentido da SANTIDADE (na ALMA), por que tinham vontades FORTES, sendo quebradas afim de que o SENHOR crescesse neles: Jacó, Jó, Pedro, Paulo, por exemplo, dentre tantos.

3º Nível: CORPO (grego: BIOS): O Corpo é o último estágio (dividido em CARNE, OSSOS e SANGUE), é quando ele passa de Corpo de Pecado (Rm 6.6) para Instrumento de Justiça (Rm 6.13) e finalmente se veste de incorruptibilidade quando provarmos a redenção do nosso corpo na volta do SENHOR com nossos corpos glorificados.

2.   Eu, Discípulo?
Nosso Chamado é para sermos Discípulos, nossa missão é pregar o evangelho, porém se não somos discípulos como seremos SERVOS? E sendo Servos precisamos sermos fiéis no pouco para que possamos ser colocamos no muito (Mt 5.21)

Sendo discípulos do Senhor vamos provar de vitórias nas nossas vidas, e a nossa ALMA, verá sua VONTADE, EMOÇÕES e RAZÃO sendo totalmente convertidas a ELE (Fl 2.12 e 13 e 1 Pe 1.8 e 9, Fl 1.6)

Segundo Austin Sparks: A palavra Discípulo tem uma designação dupla: Diz respeito a nós (crentes) e ao próprio Senhor.

A nós: Somos discípulos por que devemos aprender e praticar o que aprendemos, foi assim com os discípulos de Jesus, e tem sido assim com tantos irmãos e irmãs por mais de 2000 anos;

Ao próprio Senhor Jesus: Ele é o discipulador; enquanto esteve em Israel, Jesus só teve um assunto para ENSINAR (Você pode dizer qual é?) – ELE MESMO – Eu Sou... e para toda afirmação de Jesus “Eu sou” Ele trazia a prática: “Eu sou a luz do Mundo” e curava um cego, “Eu sou o pão da Vida” e multiplicava o pão, “Eu sou a ressurreição e a vida” e um morto foi ressuscitado.

Ele é a nossa teoria e a nossa prática: tudo que o discípulo faz, faz no nome do seu Mestre.

Conclusão
O meu convite e encorajamento é que você que tem andado sem um propósito definido, creia e confesse Jesus Cristo como Senhor e Salvador da sua Vida (para que o seu Espirito Viva)
Para você que já tem crido no SENHOR, aceite o desafio maior de carregar a sua cruz e negar-se a si mesmo (ALMA-vontade, emoções e razão), escolher a cada segundo/minuto o Senhor, preferindo sempre a vontade dELE à sua, caminhar no caminho da escolha por Ele. (Josué 24.15 a 25) – Irmãos não pensem que isso é pesado demais pois Jesus é quem fará em nós (1 Ts 5.25 e Mt 11.29 a 31)
Aguardarmos ardentemente a volta iminente do Senhor, Hb 10.37 a 39 / 1 Ts 4.14 a 18.

Autor: Nelson Cardoso de Carvalho

domingo, 14 de julho de 2019

O Ensino do Espírito Santo

O Espírito Santo ensina somente as coisas de Cristo; contudo, ensina mais do que Cristo ensinou: “Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não podeis suportar agora; quando vier, porém o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade” (Jo 16.12-13). É como se Ele tivesse dito: “Eu apresentarei a vocês um pouquinho da minha doutrina; Ele vai apresentá-la por completo”. Uma razão disso parece clara: o ensino de Jesus durante Seu ministério terreno aguardava a iluminação de uma luz inexistente - a luz da cruz, do sepulcro, da ascensão. Por isso, enquanto esses eventos não tivessem ocorrido, a doutrina cristã se encontrava num estado rudimentar e não podia ser transmitida por completo aos discípulos de Cristo. Mas não é só isso. A expressão “porque vou para o Pai” nos dá a chave para entender o que o Senhor quer dizer. O Espírito Santo “não falará por Si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir.” (Jo 16.13).

É maravilhosa essa indicação da convivência mútua da Divindade, onde se descreve o Espírito Santo (Paráclito: Aquele designado para ajudá-los, paracletor é usada na Septuaginda (Jo 16.2) como sentido de “Consolador”, o termo parakletos ocorre no Talmude, sigificando “Intérprete”) ouvindo enquanto Cristo orienta, como se Ele prestasse atenção no céu às orientações do Pai e do Filho glorificado, ao mesmo tempo que concede direção invisível ao rebanho na Terra, comunicando-lhe aquilo que ouviu do Pai e do Filho. E nós deveríamos perguntar reverentemente: não teria Cristo glorificado mais coisas a nos anunciar do que Ele tinha nos dias da Sua humilhação? Na expressão “coisas que hão de vir”, não tem Ele segredos para repartir, que até aqui podem ter sido ocultos nos planos do Pai? Consideremos um simples exemplo das palavras de Cristo. Quando fala da Sua segunda vinda, Ele diz: “Mas a respeito daquele dia ou da hora ninguém sabe; nem os anjos no céu, nem o Filho, senão o Pai (“Nem o Filho”: “É mais do que nem; é nem ainda o Filho” segundo o comentarista Morrison). É melhor interpretarmos essas palavras com sinceridade, e em vez de dizer como alguns que Ele não sabia no sentido de não ter permissão de revelar, admitir que, enquanto se encontrava em Sua humilhação e sob o véu da encarnação esse segredo estava oculto aos Seus olhos.

Mas não seria insolente de nossa parte argumentar que por essa razão Ele não conhece agora o dia da Sua vinda? Quantas vezes o texto é citado como proibição decisiva e final de toda indagação sobre o tempo da volta do Senhor em glória. Porém aqueles que dessa forma utilizam essas palavras simplesmente nos aprisionam na infância da Igreja, nos amarram à menoridade dos dias anteriores ao dia de Pentecostes. Estamos esquecidos que, desde a ascensão de nosso Senhor para o Pai, Ele nos deu outra revelação, o maravilhoso livro do Apocalipse, que inicia e se encerra com uma bênção para com aqueles que lêem e guardam fielmente as palavras dessa profecia? E um dos pontos salientes característicos desse livro são as predições cronológicas a respeito do tempo do fim, suas datas místicas, que têm levado muitos pesquisadores sérios da Palavra de Deus inquirir diligentemente “qual a ocasião ou quais as circunstâncias oportunas” indicadas pelo Espírito, ao dar-nos essas indicações de direção no deserto.

Sendo assim, devemos perguntar: se não somos irreverentes ao concluir, juntamente com muitos expositores sérios, que nosso Salvador quis dizer exatamente o que disse, ao declarar que Ele não conhecia “ainda” o dia da Sua volta, será que seremos insolentes ao tomar literalmente as palavras iniciais do Apocalipse? “Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos Seus servos as coisas que em breve devem acontecer”. Foi por causa da Sua ida para junto do Pai que maiores obras e maiores riquezas se aplicariam à Igreja após o dia de Pentecostes. Por que não atribuir à mesma causa também a revelação mais completa do futuro e a entrada numa verdade mais completa com respeito à bendita esperança da Igreja? Em outras palavras, se pensamos em Cristo ingressando em revelação mais ampla ao retornar à glória que Ele tinha com o Pai, não devemos também pensar numa comunicação mais ampla da verdade, por meio do bendito Espírito Santo?

Porventura não aprendemos alguma coisa da natureza e dos ofícios do Espírito Santo com o estudo desse Seu novo nome e de tudo que o Senhor diz no maravilhoso discurso em que O apresenta aos Seus discípulos? No mínimo o estudo deveria nos capacitar a distinguir dois termos inspirados, que têm sido confundidos sem necessidade por não poucos escritores, ou seja: as palavras Paráclito e Parousia. Esta última palavra, que constantemente ocorre nas Escrituras para descrever a segunda vinda do nosso Senhor, tem sido usada em várias obras eruditas para designar a vinda do Espírito Santo; e uma vez que Cristo veio na pessoa do Espírito, tem-se argumentado que a prometida vinda do Redentor em glória já ocorreu. Mas isso é confundir termos cujo uso na Palavra os distingue claramente um do outro. Veja a diferença entre eles: o Paráclito Cristo vem espiritualmente e de forma invisível; na Parousia Ele vem de forma física e em glória.

A vinda do Paráclito na verdade está condicionada à ausência física do Salvador de entre o Seu povo: “... se eu não for, o Consolador não virá para vós outros” (Jo 16.7). Por outro lado, a Parousia só se concretiza com o Seu retorno físico para o Seu povo: “Pois quem é a nossa esperança, ou alegria, ou coroa em que exultamos, na presença de nosso Senhor Jesus em Sua vinda?” (1 Ts 2.19). O Paráclito toma conta da Igreja nos dias da Sua humilhação; a Parousia introduz a Igreja no dia da Sua glória. No Paráclito Cristo veio habitar com a Igreja na Terra: “Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros” (Jo 14.18). Na Parousia Cristo virá para levar a Igreja para habitar consigo na glória: “... voltarei e vos receberei para Mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também” (Jo 14.3). Cristo orou em favor da Sua Igreja desolada, para que viesse o Paráclito: “E Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador...” (Jo 14.16). Agora o Espírito Santo ora com a Igreja peregrina para que se apresse a Parousia: “O Espírito e a noiva dizem: Vem!” (Ap 22.17). Essas duas palavras só podem ser compreendidas nessas referências mútuas. Cristo, que deu o novo nome ao Espírito Santo, pode nos explicar melhor esse nome ao tornar-Se conhecido a nós. Que esse nome seja para nós um símbolo tão real da Sua presença que, embora estrangeiros e peregrinos na Terra, possamos andar sempre na “paraclesis do Espírito Santo” (At 9.31).

Autor: A.J. Gordon
Extraído do livro o Ministério do Espírito

sábado, 13 de julho de 2019

A Vida em um Plano Mais Alto é uma Exigência

Eu, porém, vos digo: não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra; e, ao que quer demandar contigo e tirar-te a túnica, deixa-lhe também a capa. Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas. - Mateus 5:39 a 41

Podemos algumas vezes ver no mundo pessoas grandes; ou, pelo menos, que aparentam ser grandes. Algumas pessoas têm um bom gênio; não discutem quando contrariadas. Outras são tão tímidas, não dizem nada, pois estão com medo. Acredito, porém, que dentro delas, elas estão tão irritadas. Suas reações são tão pequenas quanto a sua vida. Não posso, portanto, dizer que a segunda milha é suficiente em si mesma porque a segunda milha é um princípio - o princípio de transcender. A face esquerda também é um princípio - o mesmo princípio, o princípio de transcender. Somente as reações que emanam deste princípio são boas o bastante para o cristão.

Transcender significa elevar-se acima da situação. Não que simplesmente cerremos os dentes e permitamos que alguém nos bata. Não que simplesmente entreguemos com relutância a camisa a quem nos pede. Não que penosamente andemos a segunda milha porque fomos obrigados a fazê-lo. Fazer qualquer uma dessas coisas será inútil se não tivermos nos elevado acima da situação. Quem é capaz, então, de transcender? Aquele a quem o Senhor deu uma vida tão rica que quando esbofeteado, ele pode também oferecer a face esquerda. Aquele que tem a vida tão abundante que será capaz de andar duas milhas quando tiver sido obrigado a andar apenas uma. Em outras palavras, a reação cristã não é nem forçada nem medíocre.

Ouvi certa vez uma irmã dizer: “Quase perdi a calma”. Quando ela falou, parecia estar falando de uma vitória. Essa, no entanto, não foi uma reação cristã; a reação cristã genuína necessita ser mais abundante e transbordante. Precisamos ser capazes de suportar mais. Isso é que é chamado de segunda milha. Se suportamos que alguém nos trate mal, esta é a nossa face direita. Mas se tratamos extremamente bem em troca, somos mais do que vencedores diante de Deus e essa é a face esquerda. A face esquerda significa plenitude; ela significa ter mais de reserva. Novamente, a vitória cristã está sempre transbordando; ela jamais é apenas o suficiente. Um cristão tem mais que o bastante de reserva. Ele sempre transcende o que pode fazer de si mesmo. Sua vitória portanto não é forçada. Ele não necessita cerrar os dentes e usar justificadas para proteger-se. Ele vence facilmente diante do Senhor e permite que Ele o faça crescer mais e mais. Ele é sempre capaz de manifestar a graça dos filhos de Deus!

Por que então precisamos voltar a face esquerda? Assim fazendo indicamos que quando o Senhor permite que a mão do homem nos maltrate, nossa escolha é deixar que Ele aumente a Sua obra em nós, ao invés de diminuí-la. Voltamos assim a face esquerda. Mediante uma mão humana o Senhor pretende aumentar a nossa capacidade e nos fazer crescer. Essa mão humana opera apenas na face direita, mas nós acrescentamos a esquerda. A nossa reação não resiste ao que o Senhor está fazendo através do homem, como também Lhe permite intensificar a Sua obra. O Senhor lida conosco, e nós também lidamos conosco mesmos. Em outras palavras, quando as pessoas batem em nossa face direita, unimos nossas mãos às deles para bater em nós mesmos. Não nos opomos àqueles que nos batem; pelo contrário ficamos do lado deles. Achamos que um golpe não basta, acrescentamos então outro golpe.

A nossa oração é: “Que a mão do Senhor esteja sobre mim. Se perdermos tudo, não poderemos perder nada mais. Quando estivermos completamente mortos, não poderemos morrer mais uma vez. Enquanto pudermos morrer, ainda não morremos o bastante. Desde que possamos ainda perder, não perdemos o bastante. Estamos desejosos de aumentar a obra da mão do Senhor em nós, ao invés de diminuí-la”. Se formos capazes de permanecer ao lado do Senhor e tratar conosco mesmos, jamais pensaremos em nos vingar dos outros.

O nosso transcender é diante do Senhor, pois ninguém exige mais de nós do que o Senhor. O máximo que as pessoas podem exigir é a primeira milha, mas o Senhor exige a segunda milha. Não é extremamente rigoroso? O que o homem pode nos forçar a fazer está limitado à primeira milha, mas o que Lhe damos é algo mais. Acrescentamos porque o nosso transcender vem do Senhor.

Autor: Watchman Nee
Extraído do livro Não Eu, Mas Cristo

quarta-feira, 10 de julho de 2019

O espírito sem Crítica

'Não julgueis, para que não sejais julgados.' - Mateus 7.1

No que diz respeito a julgar, Jesus diz: 'Não o faça.' O cristão comum é um individuo crítico ao extremo. A critica faz parte das faculdades comuns do homem; mas, no campo espiritual, nada se consegue através da crítica.

O efeito da crítica é a destruição dos potenciais daquele que é criticado; o Espírito Santo é o único que está em condições de criticar; só Ele é capaz de mostrar o que está errado sem magoar nem ferir. É impossível entrar em comunhão com Deus quando se está com espírito crítico, pois ele nos torna duros, vingativos e cruéis, e nos deixa com a lisonjeira presunção de que somos superiores. Jesus nos diz que, como discípulos, temos que cultivar um estado de espirito que não critica. Isso não se consegue de uma vez. Evite qualquer atitude que o coloque numa posição superior.

Não há como escapar à sondagem de Jesus. Se estou vendo o argueiro em seu olho, isso significa que tenho uma trave no meu. Tudo o que vejo de errado em você, Deus o encontra em mim. Todas as vezes que julgo alguém, condeno-me a mim mesmo (ver Romanos 2.17-20). Chega de medirmos a vida dos outros. Sempre existe na vida dos outros um lado que não conhecemos. O que Deus tem que fazer é submeter-nos a uma faxina espiritual; e, depois disso, não sobra espaço algum para o orgulho. Depois que descobri o mal que existe em mim, não fosse a graça de Deus; jamais encontrei alguém que me fizesse perder as esperanças a respeito do outro. 

Autor: Oswald Chambers
Extraído do Livro Tudo Para Ele

sábado, 6 de julho de 2019

A Mente de Cristo

O que é a mente de Cristo? Se o Filho quisesse manter os seus próprios direitos, sentar no trono com Seu Pai, de ser adorado pelos anjos, de governar e reger o universo, de viver em glória e honra;
esse era o Seu direito. Mas, essa não era a mente de Cristo. A mente de Cristo era se despojar dos Seus direitos, de Sua glória, de Sua honra até mesmo de Sua onipotência. Ele estava desejoso de se despojar de tudo como Deus e Se humilhar para ser um servo, para ser um Homem. Que humilhação foi essa! Sem essa mente, a encarnação é impossível.

Paulo disse: “Tende em vós o mesmo sentimento (mente – na versão em inglês) que houve também em Cristo Jesus”. A encarnação nos lembra da humildade do nosso Senhor Jesus porque Ele se humilhou. Por esse motivo, deveríamos permitir que Sua mente estivesse em nós, a mesma mente que estava em Cristo Jesus. Naturalmente, somos orgulhosos. Não somos nada, mas achamos que somos alguma coisa. Ele é tudo e, ainda assim, considerou a Si mesmo como nada. Como precisamos aprender a lição da humildade! Como é dito na Sua Palavra: Deus dá graça ao humilde, mas resiste ao soberbo. Humildade é a mente de Cristo.

Humildade e humilhação são duas coisas distintas. Humildade é uma atitude interior; humilhação é um ato exterior. Humildade é algo que vem de dentro, voluntariamente. Humilhação é algo imposto externamente. Pelo fato de não sermos humildes, somos humilhados freqüentemente. Mas, se somos humildes, estamos além da humilhação. Há um livro chamado Além da Humilhação (The Way of the Cross – Beyond Humiliation, J.Gregory Mantle, Kingsley Press, 2004), é um livro muito bom. Se somos humildes, estamos além da humilhação. A razão pela qual nos sentimos humilhados é porque não somos humildes. Não culpemos as pessoas que nos humilham. Precisamos disso para desenvolver aquele espírito de humildade. Sempre que pensarmos na encarnação, nos lembremos da mente de Cristo.

Autor: Stephen Kaung

sexta-feira, 5 de julho de 2019

As Primeiras Coisas Vem Primeiro

Texto base: Ap 2: 1 a 7

Basicamente temos duas palavras que resumem este texto: Ministério (Ex 35:19; II Cor 5:18; Ef 4:12) e Sacerdócio (Ex 28:41, I Pe 2:5 e 9), o que vem primeiro? Como uma depende da outra?

Sacerdócio e Ministério são os 2 aspectos do serviço Cristão, todos os filhos de Deus são sacerdotes e ministros, como mostrados nas passagens acima, Enquanto o Sacerdócio é o serviço direto a Deus (Adoração, Contemplação, Ouvir e Falar com Ele) o Ministério é o serviço ao próximo (pregar o evangelho, assistência social, ajuda espiritual, psicológica e material).

Pano de Fundo: Jesus é revelado ao Apóstolo João, exilado na ilha de Patmos (pelo Imperador Domiciano, aprox 98dC), estando ele num domingo (dia do Senhor) a buscá-lo, tem um arrebatamento em espírito, e sua visão inicial é descrita em Ap 1:9,10

Jesus é visto por João no meio de 7 candeeiros (ou candelabros).

Peça de ouro batido, tinha 7 hastes, 1 central e 3 de cada lado, contém azeite e pavio, sua função é iluminar e na sua construção as 3 hastes de cada lado evidencia a haste central, representa a igreja, peça única, a obra de Cristo, Cristo como centro da igreja, luz do mundo, a igreja como agente de Cristo para iluminar o mundo cheia do Espírito Santo e que expressa seu caráter.

A igreja como Candeeiro ou Candelabro, não tem um fim em si mesma, não foi chamada para atrair pessoas para si mesma, mas para quem a ilumina, ou seja, para conduzir pessoas a CRISTO.

Aspectos Históricos:
Éfeso: Cidade da Ásia Menor (hoje Turquia) fundada em 1000 aC e subsistiu até 614 dC; foi reconstruída pelo Imperador Constantino (300) e depois parcialmente destruída por um terremoto em 614. Foi uma das principais cidades do Império Romano (onde contou um uma população de 400 a 500mil habitantes). Foi o berço da filosofia Greco-romana; tinha o templo de Ártemis (grego) ou Diana (romano) uma das 7 maravilhas do mundo antigo – deusa da fertilidade – combatida pela igreja Atos 18/19.

Significados da palavra Éfeso:
Desejo ardente;
Enfraquecimento, negligencia.
A Carta de Efésios, foi escrita pelo Apóstolo Paulo em 60dC, durante a sua prisão em Roma; a igreja foi formada pelo trabalho de Apólo, Priscila e Áquila, Paulo e depois João. A Carta mostra o grande desejo da igreja de Éfeso pelo Senhor; era como se os  efésios dissessem as palavras do Salmo 73:25: “A quem tenho eu no céu senão a ti? e na terra não há quem eu deseje além de ti.”

Introdução:
Este deve ser o desejo da igreja pelo Senhor: AMÁ-LO de todo o coração; ou seja, o Senhor era o primeiro amor dos irmãos em Éfeso, em outras palavras, Cristo era a prioridade da igreja em Éfeso.

No texto de Apo 2: 1 a 7, Jesus vem para esquadrinhar o coração da igreja, ou seja, revelar como as pessoas estavam agindo para com ELE. E dentre tantos sentimentos e atitudes exteriores nobres, descobre um sentimento perverso e que afronta a Sua vontade:

Vs 4: “Tenho contra ti que deixaste o teu primeiro amor” ou no texto grego: “tenho contra ti que o amor teu, o primeiro, abandonaste”

Este termo o primeiro amor, refere-se a prioridade e não ao tempo, ou seja, muitos cristãos falam dos dias da sua conversão como o “Primeiro Amor” de fato é, porém como prioridade, nestes dias Jesus Cristo ao entrar no coração da pessoa se tornou a prioridade dela, e assim Ele deseja ser para sempre nos nossos corações. Isso nos fala do Sacerdócio, ou seja, estar na presença de Deus e servindo-o.

O Grande problema de Éfeso foi de trocar a prioridade que deveria ser Amar a Cristo, sobre todas as coisas (Mat 22: 36 a 40 – “Amar a Deus sobre todas as coisas” – Sacerdócio / “E o próximo como a ti mesmo” - Ministério), para amar as coisas de Cristo. Stephen Kaung no seu livro: Vendo Cristo no NT (vol6) diz: “A igreja no final do 1º século, possuía: obras, labor, conhecimento, discernimento e não haviam desviado do ensino do Senhor Jesus todavia eles haviam perdido o seu primeiro amor”; a sua prioridade não era mais o noivo, e sim suas coisas, ou seja, mantinham seu ministério, porém sem o sacerdócio.

Falamos até aqui da igreja, porém como igreja são pessoas, o coletivo é influenciado por atitudes individuais, escolhas erradas que gradualmente nos levam para longe da vontade de Deus, permitindo que a fraqueza, apatia, negligência entrem e nos roube o sentimento de PRIORIDADE pelo nosso AMADO (Cântico dos Cânticos – EU SOU do MEU AMADO e ELE É MEU).

Fica claro que Sacerdócio vêm antes de Ministério:

Aplicação:
Deixar o primeiro amor é abandonar o nosso Sacerdócio e Como deixamos o nosso primeiro e mais importante amor?

a. Quando passamos a valorizar o secundário e não o essencial e principal, perdemos o foco do que é de fato importante, negamos a oração de Jesus em João 17:21

b. Este fato nos leva ao orgulho próprio, passamos a valorizar as nossas idéias, nossas obras, nossas atitudes, a nossa razão – Pv 18:12 – Passamos a expressar atitudes mesquinhas, exclusivistas, egoístas, insatisfações, críticas excessivas, intolerância e finalmente demonstramos o fruto da carne (Gal 5:19-21)

Ilustração: “Quando se bloqueia a fonte de um rio, as populações ribeirinhas próximas da foz não perceberão o fato imediatamente. Enquanto a água flui, as margens permanecem verdes. Tudo continuará como a mesma ‘aparência’ durante algum tempo.” Até que os efeitos apareçam e a vida ceda espaço para a morte. (Comentário Bíblico do NT – Jean Koechlin – pag. 48

1. O que não nos faz priorizar a Cristo? Quais os enganos?
As atitudes exteriores corretas

Nosso trabalho Cristão/Ministério

Nosso conhecimento bíblico

Nosso sofrimento

2. O que nos faz priorizar a Cristo? Ou, o que nos faz restabelecer o sacerdócio?
a. RECONHECENDO aquilo que não deveria ter o 1º lugar na minha vida “Lembra-te de onde caíste”!

1. Será que foi um novo emprego, o meu casamento, os meus filhos, minha faculdade/seminário?

2. Problemas familiares, financeiros, doenças, perdas?

3. Precisamos lembrar quando e como foi que caímos, precisamos da ajuda do Espírito Santo para isso. Porém não pára aí.

4. Meu próprio Ministério?

b. “ARREPENDE-TE” (grego, Metanóia) – mudança de atitude interna (180º)

1. ‘Eu estou errado’ é a atitude contrária do orgulho (‘Eu estou certo’), é quando abaixamos a guarda, cessamos com as justificativas, tiramos a culpa dos outros e nos vemos no centro do nosso problema – aí sim podemos nos ARREPENDER

2. Este é um pecado terrível, pois cessa o relacionamento com o Cabeça, precisamos buscar o perdão, e recebê-lo por fé.

c. “PRATICAR AS PRIMEIRAS OBRAS”

1. Lembre-se do quanto o Senhor te cativou no inicio da sua caminhada

2. Lembre-se de como você se chegou até Ele

3. Lembre-se como Ele te recebeu

4. Lembre-se como você passou a sentir-se nELE

5. VOLTE para este sentimento, cultive este sentimento de gratidão e amor pelo Senhor que deu tudo para você.

6. ESTIMULE as pessoas ao seu redor a buscarem este mesmo sentimento

7. O Resultado serão OBRAS feitas a partir dELE e não SEM ELE! Será Sacerdócio primeiro e depois Ministério.

d. Qual o resultado prático de voltar a Cristo e tê-lo como prioridade absoluta em sua vida?

1. Fruto do Espírito (Gal 5:20 – 25) na sua vida pessoal

2. Famílias fortes

3. Igreja forte

4. Atrair pessoas a Cristo

5. Trazer a glória de Cristo para minha vida, família e igreja

6. Seu Sacerdócio trará a realidade e a presença de Cristo para o seu Ministério.

Autor: Nelson Cardoso de Carvalho

quarta-feira, 3 de julho de 2019

O Mar já não Existe

“E o mar já não existe.” Apocalipse 21:1

Dificilmente poderíamos nos alegrar diante da idéia de perdermos o nosso velho e glorioso oceano: o novo céu e a nova terra não vão além da nossa imaginação, sendo assim, literalmente não deveria haver um grandioso e vasto oceano, com suas ondas reluzentes e suas costas cheias de conchas. O texto não deveria ser lido como uma metáfora, tingida com o preconceito da mente Oriental que considera universalmente o mar como algo dos tempos antigos?

Um mundo físico real sem um oceano é triste de imaginar, é como um anel de ferro sem a safira que o torna precioso. Deve haver um significado espiritual aqui. Na nova dispensação não haverá divisões - os oceanos separando as nações e mantendo os povos separados uns dos outros. Para João em Patmos as águas profundas eram como muros de uma prisão, prendendo-o de seus irmãos e de sua obra: não haverá esse tipo de barreira no novo mundo que virá.

Léguas de ondas rolando entre nós; muitos compatriotas que lembramos em nossas orações da noite, mas no mundo brilhante que estamos indo haverá uma comunhão inquebrável para todos da família redimida. E nesse sentido não haverá o oceano. O oceano é o símbolo da mudança, com seus fluxos e refluxos, sua suavidade vítrea e suas ondas montanhosas, seus murmúrios suaves e seus rugidos barulhentos, nunca mais serão o mesmo. Escravo dos ventos instáveis e da lua inconstante, sua instabilidade é notória.

Neste estado mortal nós temos muito dessas coisas, a terra é constante apenas em sua inconstância, mas no estado celestial toda mudança fúnebre será desconhecida, assim como todo o medo das tempestades que destroem nossa esperança e afoga a nossa alegria. A cada onda o mar de vidro resplandecerá com uma glória ininterrupta. Não haverá ruivos de tempestades ao longo das pacíficas costas do paraíso. Brevemente chegaremos a está terra feliz onde separações, mudanças, e tempestades terão fim! Jesus nos conduzirá até lá. Nós estamos nEle ou não? Está é a grande questão.

Autor: Charles Huddon Spurgeon

terça-feira, 2 de julho de 2019

Manjares Enganosos

“Quando te assentares a comer com um governador, atenta bem para aquele que está diante de ti” (Pv 23:1).

Supõe-se que este verso tem pouca ou nenhuma aplicação para muitos de nossos leitores, visto como não há quase ninguém que possa vir, algum dia, a ser convidado para jantar com o presidente dos Estados Unidos ou com o rei da Grã-Bretanha. Infelizmente esse é o tipo de pensamento que pode encontrar lugar na mente de qualquer cristão. Infelizmente essa é a tendência de carnalizar a Palavra de Deus que é agora tão generalizada. Infelizmente esse é o [verso] que nossos intérpretes espirituais dos Oráculos Divinos têm quase banido da terra. Mas ainda que não haja um professor ungido para abrir as Escrituras, não deveria ser auto-evidente que o Espírito Santo nunca teria colocado um verso como este na Palavra se não possuísse aplicação para todos os do povo de Deus? E não deve esta mesma consideração nos levar a buscar em oração seu significado oculto?

“Quando te assentares a comer com um governador, atenta bem para aquele que está diante de ti”. Há outros “governantes” mencionados nas Escrituras, além dos civis. Não lemos sobre o “principais da congregação” (Êx 16:22), o “chefe da sinagoga” (Lc 8:41), bem como dos “dominadores deste mundo tenebroso” (Ef 6:12)? Perceba que nem todos os “chefes” da cristandade hoje foram escolhidos por Deus. De fato, longe disso. Pessoalmente o escritor duvida muito que dois a cada mil dentre os pregadores, ministros, e missionários, por todo mundo, foram chamados por Deus! Muitos deles se auto-indicaram, alguns foram enviados por homens, a maioria cresceu sobre a tutela de Satanás. O leitor atento do Velho e Novo Testamento perceberá que o número dos falsos profetas, em todas as eras, superavam em muito o número dos verdadeiros. É por essa razão que Deus nos ordena a “não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora” (I Jo 4:1). Por isso a admoestação dada em Provérbios 23:1 tem sempre sido atual para o povo de Deus prestar muita atenção, e talvez nunca tenha sido tão necessário dar um alerta sobre isso do que neste tempo apóstata e degenerado em que todos nós fomos lançados.

A pregação que ouvimos, e que em certa medida é absorvida, tem precisamente o mesmo efeito sobre nossas almas, assim como a comida que comemos tem efeito sobre nossos corpos: se for saudável, é nutritivo; se danosa, nos fará mal. “Quando te assentares a comer com um governador, atenta bem para aquele que está diante de ti”. É um fato trágico que muitos dos próprios filhos de Deus são tão pouco espirituais, e tão ignorantes espiritualmente, que eles mal sabem como “atentar bem” o que está “diante deles”. Eles não sabem quais testes usar, nem como examinar o que ouvem. Se o pregador for “ortodoxo” e aprovado por aqueles que ele mesmo considera “sadios na fé”, eles pensam que sua mensagem deve estar correta. Se o pregador apenas crê nos “fundamentos” da fé, eles creem que deve ser um verdadeiro servo de Deus. Se o pregador se achega à letra das Escrituras, eles imaginam que suas almas estão sendo alimentadas com o verdadeiro leite da Palavra. Que tristeza a credulidade de tais almas desavisadas.

O leitor está prestes a perguntar, “Mas que outros testes devemos aplicar?” Vamos ajudá-lo a responder sua própria pergunta ao perguntar outra. Que critérios você aplica à comida material que você come? Você se satisfaz se ela foi preparada e cozida conforme os melhores livros de culinária? Claro que não. O principal é, o que sua comida produz? Ela satisfaz ou incomoda seu sistema digestivo? Ela promove ou ataca sua saúde? Nós concordamos, não? Muito bem, agora aplique a mesma regra ou teste à comida espiritual – ou, deveríamos dizer, mais acuradamente, a comida “religiosa” – que você está saboreando; que efeito ela está tendo sobre seu caráter e conduta, o que está produzindo no seu coração e na sua vida? Mas não devemos parar aí com uma mera generalização. Se as almas precisam de ajuda hoje, o servo de Deus deve ser preciso, e entrar em detalhes. Pondere cuidadosamente estas questões, querido leitor.

A pregação que você ouve entra no seu coração pelo poder do Espírito? Se não, qual o uso de ouvi-la? A pregação que você ouve lhe faz em pedaços, sonda sua consciência, lhe condena, e lhe faz clamar, “Desventurado homem que sou”? Ou ela traz mais informação para seu conhecimento, ministra ao seu prazer, e lhe faz sentir-se satisfeito consigo mesmo? Não trate estas questões levemente, nós lhe imploramos, ou você estará se mostrando como seu próprio pior inimigo. Defronte-se com elas de forma equilibrada e justa, como se na presença de Deus. “atente bem” o que está diante de você saindo do púlpito, pois só pode fazer duas coisas: ajudar ou atrapalhar você. Ou promove humildade, ou alimenta o orgulho. Ou lhe estimula a desenvolver com esforço a sua salvação “com temor e tremor”, ou apóia a segurança carnal e confiança em si mesmo. Ou lhe faz clamar a Deus dia e noite para que Ele produza em seu coração um ódio cada vez maior ao mal, ou (provavelmente de forma inconsciente) te leva a pensar do pecado como algo não tão sério – dando desculpas de “pequenos” erros, e lhe consolando com o pensamento de que nenhum de nós consegue ser perfeito nesta vida; mesmo que Deus diga, “tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento” (I Pe 1:15).

“Mete uma faca à tua garganta, se és homem glutão” (Pv 23:2). Essas são palavras fortes, não é mesmo? Sim, e o assunto as exige. Muito poucos percebem as temíveis conseqüências que advém de violar esse mandamento de Cristo, “atentai no que ouvis” (Mc 4:24). Falsa doutrina tem o mesmo efeito sobre a alma que veneno tem sobre o corpo. Mas Satanás apela ao orgulho de tantos, e tem sucesso em fazê-los acreditar que estão imunes, que eles estão “tão bem estabelecidos na verdade” que ouvir o erro não lhes fará mal. Entretanto o Espírito Santo diz, “Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes” (I Co 15:33): elas não podem, mas IRÃO! Sim, ainda que você esteja bastante desavisado disso. “Mete uma faca à tua garganta, se és homem glutão”. Isso é claramente uma palavra de aviso para aqueles que são consumidos de curiosidade para ouvir cada novo “evangelista” ou “professor da Bíblia” que vem à cidade; àqueles que tem um apetite insaciável para experimentar cada “festa” religiosa que é divulgada em sua comunidade. É isso que significa “homem glutão”: o que anseia ouvir o último sensacionalista do púlpito ou do palco.

Para todos estes Deus diz: Segure-se, e não poupe medidas para checar essa tendência perigosa. É perigoso para você mesmo violar essa admoestação divina. Se você desobedecer, Satanás irá ou matá-lo, ou envenená-lo e colocá-lo para dormir profundamente. “não cobices os seus delicados manjares, porque são comidas enganadoras” (Pv 23:3). Sim, ele tem “manjares” para lhe oferecer: é por isso que tantos são atraídos à sua mesa. Esses “manjares” são habilidosamente variados para chamar a atenção de diferentes gostos. Para “estudantes proféticos” eles são itens picantes dos jornais, servidos com o nome de “sinais dos tempos”. Mas estas são “comidas enganosas”, pois deixam a alma com fome e improdutiva: não há nenhum nutriente espiritual nas mesmas! Para os jovens enérgicos, há uma agradável apresentação do “serviço cristão”, chamando-os a se engajarem na “obra do Senhor”: essas são também “comidas enganosas”, pois elas nem edificam (constroem) nem levam a um andar mais próximo com Cristo; ao invés disso, eles tiram os olhos de Cristo, para as “multidões que perecem”: como se Deus tivesse sido incapaz de salvar os Seus eleitos sem nossa ajuda! “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida” (Pv 4:23) é a palavra de Deus para você.

Para outros é a exposição regular das “nossas doutrinas” que são de fato “manjares” para aqueles com uma mente teológica. “Sim, mas ‘nossas doutrinas’ são doutrinas das Escrituras, e certamente elas não podem ser ‘comidas enganosas’!” Oh querido amigo, Satanás freqüentemente se transforma em “anjo de luz”; ele sabe muito bem que nenhum mal se fará à sua causa enquanto dissertações doutrinárias são endereçadas ao intelecto, e a consciência não é sondada. A não ser que haja uma aplicação prática das doutrinas das Escrituras, o coração não é tocado nem a alma humilhada; ao contrário, o orgulho é alimentado e a cabeça meramente entulhada com um conhecimento teorizado da verdade. Guarde isso bem: doutrina distanciada da pregação prática e experimental é altamente perigosa!

O que o escritor e leitor precisam não são “manjares”, mas “ervas amargas” (Êx 12:8) para nos limpar do orgulho, independência, amor-próprio! Temos de nos alimentar do “pão de lágrimas” (Sl 80:5) e a “água de aflição” (Is 30:20). Somente esta ministração ajudará verdadeiramente e nos levará a lamentar diante de Deus, que nos leva até o pó, que nos faz aborrecer-nos a nós mesmos. Talvez alguns repliquem, “Eu quero uma ministração e que Cristo é exaltado”. Bom; mas você tem prazer em uma ministração que lhe faz ver quão diferente de Cristo você é em seus caminhos, e o quão longe você está do exemplo que Ele deixou para ser seguido? Uma ministração de “Cristo”, fiel e equilibrada, inclui Seu ensino sobre discipulado, Seus clamores e exigências sobre nós, Seus preceitos e avisos de perigo. Tome cuidado com “manjares” agradáveis à carne, querido leitor.

Nós pulamos os [versos] intermediários e chegamos ao 8 de Provérbios 23, “Vomitarás o bocado que comeste e perderás as tuas suaves palavras”. Sim, se você é realmente um filho de Deus, isso é o que o Espírito irá fazer com você, cedo ou tarde. Ele irá fazer o seu coração ter náuseas com aqueles “manjares” que agradam a carne com os quais você tanto se deleita agora; Ele lhe fará se voltar com desgosto daquilo que os professores vazios lhe alimentam com tanta avidez. Falamos com base em uma dura experiência. A ovelha não pode crescer com o alimento dos bodes! Se seu pregador é admirado e elogiado por palavras macias e agradáveis, você pode estar certo de que seu ministério não pode lhe ajudar. Se grandes multidões o ouvem entusiasticamente, é um sinal seguro de que ele não ministra a Palavra no poder do Espírito!

Para fecharmos, vamos apenas dizer que tudo o que foi apontado como “atentar bem” à pregação que você ouve, se aplica com a mesma força ao ouvir o rádio! “Atentais no que ouvis”: se não deixar sua consciência mais macia, a deixará mais cauterizada. O mesmo se aplica à leitura. A maioria das revistas “ortodoxas” e “fiéis” que são impressas hoje, só podem lhe fazer mal, pois não possuem nada que lhe faça chorar diante de Deus, nada para aumentar o “temor do Senhor” em sua alma, nada que lhe levará à mortificação crescente dos seus membros sobre a terra. Se tem sido este o caso, evite-os como uma praga. “Afastai-vos, pois, do homem” (Is 2:22) e se alimente da Palavra.

Autor: Arthur W. Pink
- - -
Extraído do site Eternal Life Ministries
Tradução: Projeto Castelo Forte

Revisão: Daniel Campos

segunda-feira, 1 de julho de 2019

Cinco Revelações para Viver uma Vida Plena

Existem 5 revelações em Mateus 16:13 a 28 que precisamos conhecer afim de vivermos a Vida abundante que Deus tem para nós, conforme a promessa de João 10:10.

Nesta linha, precisamos considerar o que significa a palavra Revelação, o dicionário em português nos sugere: Ato ou efeito de REVELAR: inspiração divina para se conhecerem certas coisas.

Revelar, por sua vez, tem o seguinte significado:
1. tirar o véu a;
2. fazer conhecer o que era secreto ou ignorado; descobrir;
3. fazer aparecer a imagem fotográfica no negativo ou no positivo.

Na teologia existem 2 tipos de Revelação: a Geral e a Específica:

a) Revelação Geral de Deus: Como Deus se mostra na natureza – vide o Salmo 19 (por exemplo)
b) Revelação Especial de Deus: Como Deus escolhe se mostrar para o Ser Humano, sendo a Bíblia a mais completa e está fechada.

Precisamos, porém, conhecer a revelação especial de Deus, por meio da Bíblia examinando o que nela contém para que vejamos as coisas da perspectiva de Deus, e assim as praticarmos e também anunciarmos.

Alguns estudiosos usam o termo Iluminação para diferenciar entre Revelação Especial da Bíblia e como entendê-la. Gosto da palavra Revelação, ela é mais apropriada e mais bíblica, esta palavra indica a necessidade que temos do Espirito de Santo de nos ensinar a palavra de Deus (I João 2:27-28), na primeira vez que o termo é mencionado na Bíblia, podemos vê-lo no texto de Êxodo 27:21, isso nos leva a entender que as verdades de Deus estão atrás de um véu e só Ele pode descortinar o que deseja que saibamos, Veja I Cor 1:18 a 31 - como Deus trará sua revelação, 'coisas loucas deste mundo confundindo as sábias'

No texto, temos o seguinte pano de fundo:
a. 2º ou 3º ano de Ministério de Jesus
b. Ano da Oposição
c. Jesus já havia feito grandes coisas
d. Os discípulos já haviam visto grandes coisas (Treinamento)
e. Uso de perguntas – Método Socrático
f. Lugar retirado – Norte de Israel
g. Cesaréia de Filipe, Lição importante: Precisamos de local próprio para buscarmos mais revelação de Deus – Nossa Cesaréia de Filipe, está no nosso interior, está numa busca diligente por Deus; ela independe de circunstâncias (sejam elas favoráveis ou não); ela não dependendo da minha experiência passada, mas sim da minha necessidade atual por mudanças, insatisfações pessoais/espirituais; por mais de Deus.

Quais são as 5 revelações que preciso ter meus olhos abertos?
1ª Quem é Deus? ... vs.16

“A maior revelação em todo o universo é o Pai revelando o Filho. Sem a revelação do Pai ninguém pode conhecer o Filho. Podemos ter um conhecimento mental ou um conhecimento Bíblico, e ainda assim não conhecermos realmente o Filho até que o Pai O revele em nós. É o prazer do Pai revelar Seu Filho em nós. Esta é a grande revelação. E esta revelação é tão grande que irá continuar por toda a eternidade. Não pense que porque você conhece Jesus como Seu Salvador, portando você O conhece, O conhece plenamente. De jeito nenhum! Apenas começamos a conhece-Lo. Há tanto Nele; Ele é infinito. O conhecimento do Filho é infinito. Hoje, estamos começando a conhece-Lo, e na eternidade continuaremos a conhece-Lo. Esta é a sensação de ser um cristão. Não há fim para isso.” – Stephen Kaung

2ª O que é a Igreja? ... vs.18
“Sem a primeira revelação não podemos ter a segunda revelação. Sem Cristo, não há igreja. Vocês não podem ter a igreja sem Cristo. Vocês não podem fazer a igreja maior do que Cristo. Sem Cristo, não há igreja. Vocês precisam conhece-Lo. Quanto mais vocês O conhecem, mais conhecem a igreja. A igreja é uma revelação do Filho a nós, uma grande revelação. Não pensem que podemos conhecer a igreja por nós mesmos. Alguns dizem: “Eu fui criado na igreja”. O que você quer dizer com isso? Outros dizem: “Vou à igreja todos os domingos”. O que você quer dizer com isso?” Stephen Kaung

Tabernáculo x Igreja: Tabernáculo um modelo mostrado por Deus a Moisés; e a Igreja? É diferente? Qual o modelo, o padrão ?

Eu EDIFICAREI a minha IGREJA – Há um PADRÃO de Deus para esta edificação, há uma planta, e somente ELE a conhece (como conhecia o Tabernáculo no deserto), logo se quisermos cooperar com a Edificação da Igreja precisamos perguntar / orar / buscar a Deus, buscar o Filho – Para que ELE a revele!

“A igreja. É do céu, é celestial na natureza, mas toca a terra. Ela alcança a todo o impuro, e graças a Deus, nós somos os impuros mas purificados pelo precioso sangue do Cordeiro.”

“O que é o padrão da igreja? O padrão da igreja é o Cristo vivo. Cristo como revelado nos quatro evangelhos. Ele é o padrão, e a igreja é edificada de acordo com Ele. Ela não é técnica, ela é viva, orgânica, mudando de glória em glória, se transformando, se conformando a imagem de Cristo. Esse é o padrão da igreja.”

Ef 2:10 – Somos feitura Sua....  A igreja necessita de um padrão de membro, que um tipo próprio de PEDRA -  que só pode ser talhada pela 3ª e 4ª revelação:

 3ª O que é a Cruz de Cristo? ... vs. 21 a 23
“A morte de nosso Senhor Jesus na cruz foi a morte mais dolorosa, não apenas fisicamente, mas também mentalmente e espiritualmente. Nosso Senhor até mesmo gritou: “Meu Deus, Meu Deus, porque Me desamparaste?” A Bíblia diz que quando a lança entrou em Seu lado, saíram sangue e água. Esta foi a ultima gota de sangue do Seu coração. Nos é dito que quando o coração está quebrado, o sangue começa a se desintegrar, por isso sai como sangue e água.” Stephen Kaung

“O Pai O moeu (Isaías 53) e do Seu lado, tomou algo – sangue para a remissão de nossos pecados, água que é Sua vida derramada por nós. Este é material para a edificação da igreja.”

Romanos 6:6 “sabendo isto, que o nosso homem velho foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado fosse desfeito, a fim de não servirmos mais ao pecado.”

4ª O que é a minha Cruz? ... vs. 24 a 26
Minhas escolhas pelo Senhor que expressem Seu PADRÃO e Seu propósito. Isso é a nossa Cruz do dia a dia (Lc 9:23) – dependemos dEle para expressarmos Sua vontade em nós (Rom 12:1 e 2)

5ª O que é o Reino de Deus? ...vs. 27 e 28
O Reino de Deus é o domínio de Deus, porém traz o Seu padrão, a Igreja está dentro do domínio do Reino de Deus, e deve expressar o Seu padrão, O Reino começa dentro de nós (Lucas 17:20-21) ) e se expande de tal forma que pode ser visto e manifestado na igreja e As porta do Inferno não prevalecem contra Ela. O Reino de Deus será totalmente manifestado na volta de Jesus. (vs. 27 e 28)

Conclusão:
Receber do Espírito Santo graça para conhecer e reter estas 5 revelações, transformará a nossa vida, de sua família, da igreja e consequentemente da sociedade em nossa volta.

Busque ao Senhor com intensidade, busque sozinho (Leia a Bíblia, buscando conhecê-Lo em cada leitura; Ore, procurando ouvi-Lo, Adore ao Senhor – por que Ele procura Adoradores que o Adorem em Espírito e em Verdade)

Busque coletivamente: participe da igreja, de sua comunidade cristã, traga seus pães e peixes, mas deixe o Senhor multiplicar, SIRVA ao SENHOR com intensidade, creia que ELE é quem te retribuirá, faça tudo por ELE.

Mateus 6:33 -  “Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.”

Autor: Nelson Cardoso de Carvalho 

Musica; Apenas uma Serva

No país de Galles, minha terra natal, havia uma expressão que ouvíamos com frequência. A expressão se referia não ao coral, e sim ao canto congregacional; era conhecida como “o demônio do canto”. Esta expressão queria dizer que o assunto do cantar produzia mais contendas e divisões nas igrejas do que qualquer outra das atividades da igreja. À parte disso, a música, em suas variadas formas, faz surgir todo o problema do elemento de entretenimento, insinuando e levando as pessoas a virem aos cultos para ouvir música, e não para adorar.

Conforme já disse em noutra conexão, temos de interromper determinados maus hábitos que têm penetrado a vida de nossas igrejas e se transformado em uma tirania. Já me referi à forma rígida do culto e às pessoas que se dispõe a brincar com a verdade e tentam muda-la, mas resistem a qualquer tentativa de alteração na ordem do culto e nessa rígida forma. Portanto, sugiro que é chegado o tempo de fazermos a seguinte pergunta: por que é necessária toda esta ênfase sobre a música? Por que a música é tão importante? Enfrentemos esta questão; e, por certo, à medida que fizermos isso, chegaremos a conclusão de que aquilo que devemos buscar e almejar é uma congregação de pessoas que entoam juntas louvores a Deus; e que a verdadeira função dos instrumentos é acompanha-las. Compete-lhes aos instrumentos e à música serem um acompanhamento, e não um ditador, nunca devemos permitir-lhes ocupar esta posição, eles devem sempre serem subservientes.

Portanto, eu diria como regra geral: conserve a música em seu devido lugar. Ela é uma criada, uma serva; não lhe devemos permitir que domine ou controle as coisas, em nenhum sentido.

Autor: Martyn Loyd-Jones

ARTIGOS MAIS LIDOS DA SEMANA