Palavras de Vida Eterna


domingo, 23 de fevereiro de 2020

O Lutador Vitorioso

“Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contras os principados, contras as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Ef 6:12)

A carta aos Efésios não termina com o nono verso do sexto capítulo, mas continua: “No demais, fortalecei-vos no Senhor”, o que abre a nós a verdade com relação à batalha do cristão. Esta consumação da revelação nesta epístola.

Nenhum cristão verdadeiro está isento desta batalha. Aquele que plenamente possui sua herança em Cristo (Ef 1:11) e está andando dignamente (Ef 4:1) é de se esperar então que se engaje na batalha espiritual que está acontecendo nos lugares celestiais (Ef 6:12). Deus não tem lugar para um pacifista espiritual. Ele chama todo santo para as armas.

Mas Deus tem uma ordem divina que não pode ser invertida. É completamente loucura para um cristão entrar para a batalha com as hostes poderosas, sobrenaturais e Satânicas, a menos que possa dignamente passar pela prova de eficiência de Deus tão claramente delineada em Efésios 6:1 a 6:9.

Para batalhar com Satanás deve-se estar andando no Espírito. Por isso, nos convém, àqueles que se propõem serem lutadores, vigiar o nosso caminhar.

Paulo mesmo, um provado e confiante guerreiro, através de dois mandamentos nítidos adverte de dois pontos vulneráveis que abrem a Satanás o caminho da vitória pela mutilação do cristão na batalha espiritual. Então através de um terceiro mandamento ele exorta todo cristão a aperfeiçoar a sua prontidão para a batalha.

1. Não deis lugar ao Diabo. (Ef 4:27)
Dando lugar ao Diabo dá-se quartel-general a Satanás no arraial de Cristo. Isso provê a ele uma base da qual conduzir a sua campanha. Dando lugar ao Diabo faz-se de uma parte do exército de Cristo um aliado do Seu arqui-inimigo.

Dando lugar ao Diabo diminui-se o poder do homem das tropas do Senhor e rende a Satanás recursos espirituais que pertencem somente ao Capitão da nossa salvação. Isso compele Cristo a sair para a batalha em desvantagem. Isso enfraquece o poder na batalha da onipotência. Isso diminui a força de operação do sobrenatural. Dando lugar ao Diabo dividi-se a aliança e se coloca traidores e desertores no exército do Senhor.

Por isso o Diabo esta incessantemente ocupado buscando ganhar algum lugar na vida de todo lutador cristão. Ele começará com um lugar muito pequeno, qualquer coisa contanto que ganhe um apoio para os pés. Ele conhece os nossos lugares fracos. Ele se aproxima pelo nosso lado cego. Ele abre passagem onde a crosta é mais fina. Ele espera o seu tempo até que possa nos pegar de surpresa. Ele nos tenta em nossos pontos mais suscetíveis. Ele trabalha astutamente, como arqui-enganador que ele é, para nos seduzir a fazer uma associação com ele. Para o verdadeiro guerreiro espiritual ele vem muitas vezes como um genuíno anjo de luz, até mesmo apanhando alguns numa armadilha proclamando ser enviado de Deus. Ele usa qualquer método, por meio inteligente ou cruel de ganhar acesso, e faz o possível para disfarçar a sua aproximação. O que ele procura ganhar é um lugar para começar as suas atividades, para que possa minar o moral do guerreiro cristão e torná-lo incapaz de lutar.


2. E não entristeçais o Espírito Santo de Deus (Ef 4:30)
Alguém que poderia retrair-se com tremor e temor de dar lugar ao Diabo pode sem embargo estar tornando a vitória dele nas regiões celestiais possível entristecendo o Espírito Santo.

O Espírito Santo vive dentro de nós para reproduzir dentro de nós a vida vitoriosa do Cristo glorificado para que possamos ser capacitados a “permanecer”, e liberar através de nós o Seu poder sobrenatural para que estejamos aptos a “resistir”. Qualquer coisa que contenha ou restrinja o Espírito Santo de executar a Sua obra em Sua máxima capacidade favorece Satanás a derrotar o servo de Cristo.

Então o que é que em nós nos entristece o Espírito Santo? Qualquer coisa profana. Tudo o que em nós é contrário àquilo que Ele é, O entristece. Ele é o Espírito da verdade, da fé, da graça, da sabedoria, do poder, do amor, da disciplina, da santidade, portanto qualquer coisa que seja mentirosa, incrédula, desagradável, imprudente, estéril, não amável, incontrolável, profana, entristece o Espírito de Deus. Por isso, o pecado de qualquer natureza ou grau, seja aberto ou secreto, seja na carne ou no espírito, seja grosseiro ou refinado, entristece o Espírito Santo.


3. Enchei-vos do Espírito (Ef 5:18)
Este é o slogan do lutador vitorioso. São os guerreiros cheios do Espírito que vencem e derrubam as hostes Satânicas. Cheios da sabedoria do Espírito (Ef 1:17) eles discernem o ardil do diabo (Ef 6:11). Cheios do poder do Espírito (Ef 3:16) eles estão contra elas. Cheios da plenitude do Espírito (Ef 3:19) eles estão sobrenaturalmente equipados para se engajar nesta batalha entre as forças sobrenaturais do bem e do mau e sobrenaturalmente fortalecidos para se tornarem vencedores.

Portanto tomem toda a armadura de Deus, para que possam estar capacitados a permanecer firme em seu campo no dia da batalha e tendo lutado até o fim, permanecerem vencedores no campo. (Ef 6:13)


Autora: Ruth Paxon
Extraído da revista O Vencedor Junho de 2011 a Setembro de 2011 – www.editorarestauracao.com.br











terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Vitória

Vitória para mim? Sim, para você. O Calvário não fala de derrota, fala de vitória. Louve a Deus por haver a possibilidade de uma vida vitoriosa para toda alma que crer e receber a salvação de Deus e a obra consumada do Calvário. Aos olhos cegos do ímpio não regenerado a Cruz é um espetáculo de fracasso ignominioso, de fraqueza e derrota. Para a alma emancipada é a cena de vitória e triunfo sobre todo o poder do inimigo.

“Três vezes abençoado é aquele a quem é dado o instinto que pode dizer que Deus está no campo de batalha, quando Ele é o mais invisível.” 

“Está consumado”, não foi o suspiro de morte de uma vítima derrotada. Foi o grito de vitória do nosso Cristo triunfante. Ele “clamou novamente com grande voz” (Mt 24:50). Não vamos nunca esquecer de que a Sua vida não foi tirada dEle, Ele a deu da Sua própria vontade (Jo 10:18). Quando a obra que foi dada a Ele para fazer tinha sido realizada (Jo 17:4), por um ato da Sua própria vontade, Ele deu a Sua vida, “rendeu o Seu espírito” e naquele poderoso grito de vitória proclamou: “Está consumado”. A obra estava consumada, mas Ele não estava. 

“Levantado da sepultura Ele ressuscitou com um poderoso triunfo sobre os Seus inimigos. Ele ressuscitou Vitorioso do domínio das trevas e vive para sempre com os Seus santos para reinar, Ele ressuscitou, Ele ressuscitou, Aleluia! Cristo ressuscitou”. Vitória! Sim, vitória. Aquela vitória que é o direito adquirido de todo filho de Deus comprado pelo sangue, unido ao Cristo Conquistador pela fé viva. Creia-o, a vitória é para você.

Tão seguramente quanto Satanás e os poderes das trevas foram derrotados, e todas as coisas colocadas sob os pés de Cristo, quando Deus “O ressuscitou da morte e O assentou a Sua destra nos lugares celestiais, acima de todo o principado e autoridade, poder, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro” (Ef 1:20-21), estão esses poderes abaixo dos nosso pés como membros do Seu Corpo, e participantes da vitória dEle que é o nosso Cabeça. Torne-a intensamente pessoal e prática. Vitória para mim. É assim. Honraremos Aquele que a ganhou para nós pelo Seu próprio sangue e no-la dá livremente, plenamente, e agora, quando a recebermos.

Que palavra é esta: “Eis que vos dou poder para pisar serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum” (Lc 10:19). Não vamos mais duvidar dela, mas recebe-la, fazê-la nossa, e vivam no poder da sempre vitoriosa vida. “Isso aconteceu para que não confiássemos em nós, mas em Deus, que ressuscita os mortos” (2 Co 1:9). Certamente há muitos que sabem que a vitória é para eles, em Cristo, porque a palavra de Deus declara que é assim, os quais sem embargo não conseguem experimentar o seu poder em sua vida diária. Por que isso? Pode ser que o processo de receber não esteja claramente entendido. Pode haver incontável prosperidade a nossa disposição, mas do que serve se formos excluídos de recebê-la pela ignorância de como torná-la nossa. A forma de Deus para receber a vitória que Ele dá em Cristo é muito clara e tem que ser entendida, já que não há nenhuma outra forma.

É pela identificação com a pessoa do Seu Filho. O primeiro passo para a vida de vitória com Cristo sobre o trono é pela morte com o Cristo na Cruz. Abençoado é o fato de que “Ele me amou, e se deu por mim”, e para sempre nos libertou da condenação do passado. Mas quão indizivelmente precioso é aquele próximo fato. “Eu morri com Ele”. Na pessoa de Seu Filho a vida do eu que estava na mira de Deus acabou ali no Calvário. Fui crucificado com Jesus e a Cruz pôs-me em liberdade. Livre! Livre deste cruel ego, que se levantava sempre em sua impetuosidade e impaciência, sua sensibilidade e mau-humor, sua loquacidade e curiosidade, sua pressa e crueldade, seu murmúrio e lamúria, sua preocupação e descontentamento, seu espalhafato e fumaça, sua baixeza e descortesia, sua negligência e ingratidão, sua crítica e escândalo, seu orgulho e presunção, seu ódio e malícia, sua loucura e lisonja, sua vacuidade e vaidade, seu entristecimento do Espírito e arruinamento do Seu testemunho, seu impedimento da Sua obra e o desfavorecimento de Deus.

Oh abençoada liberdade, morte em Cristo, para o ego, para o pecado, para o mundo, para a Lei, para o Diabo, mas vivo em Cristo para Deus. Que revelação do Espírito é esta, quando nos deixamos conduzir para onde Deus nos colocou, na Cruz do Calvário, identificados com Ele, crucificados.

Ver pela fé a nossa velha natureza ali pendurada na pessoa do Filho de Deus, e reivindicar a vitória como nossa, e gritar com Ele: “Está consumado”. Baixar com Ele à sepultura “sepultado com Cristo”, para ver a nova criação ressuscitar e saber que estamos “assentados com Ele nos lugares celestiais, acima de todo o principado e autoridade” – é o único modo de conhecer o poder da vitória em nossa experiência, pois é dEle, e somente é nossa na medida em que somos identificados com Ele.

Nem saber sobre isso, nem cantar sobre isso, nem falar sobre isso, nem pregar sobre isso, o tornará nosso. Deve ser recebido. Descansando nos fatos da palavra segura de Deus, através de uma fé viva, tomamos o nosso lugar na identificação com Cristo na Cruz, na sepultura e no trono, e reivindicando a todo o momento Sua vida ressuscitada e vitoriosa como nossa, “para pisar todos os poderes do inimigo”, então conheceremos em nossa experiência o abençoado fato da vitória. 

Autor: B. MacCall Barbour
Extraído da revista O Vencedor Junho de 2011 a Setembro de 2011 – www.editorarestauracao.com.br

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