Palavras de Vida Eterna


terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Vitória

Vitória para mim? Sim, para você. O Calvário não fala de derrota, fala de vitória. Louve a Deus por haver a possibilidade de uma vida vitoriosa para toda alma que crer e receber a salvação de Deus e a obra consumada do Calvário. Aos olhos cegos do ímpio não regenerado a Cruz é um espetáculo de fracasso ignominioso, de fraqueza e derrota. Para a alma emancipada é a cena de vitória e triunfo sobre todo o poder do inimigo.

“Três vezes abençoado é aquele a quem é dado o instinto que pode dizer que Deus está no campo de batalha, quando Ele é o mais invisível.” 

“Está consumado”, não foi o suspiro de morte de uma vítima derrotada. Foi o grito de vitória do nosso Cristo triunfante. Ele “clamou novamente com grande voz” (Mt 24:50). Não vamos nunca esquecer de que a Sua vida não foi tirada dEle, Ele a deu da Sua própria vontade (Jo 10:18). Quando a obra que foi dada a Ele para fazer tinha sido realizada (Jo 17:4), por um ato da Sua própria vontade, Ele deu a Sua vida, “rendeu o Seu espírito” e naquele poderoso grito de vitória proclamou: “Está consumado”. A obra estava consumada, mas Ele não estava. 

“Levantado da sepultura Ele ressuscitou com um poderoso triunfo sobre os Seus inimigos. Ele ressuscitou Vitorioso do domínio das trevas e vive para sempre com os Seus santos para reinar, Ele ressuscitou, Ele ressuscitou, Aleluia! Cristo ressuscitou”. Vitória! Sim, vitória. Aquela vitória que é o direito adquirido de todo filho de Deus comprado pelo sangue, unido ao Cristo Conquistador pela fé viva. Creia-o, a vitória é para você.

Tão seguramente quanto Satanás e os poderes das trevas foram derrotados, e todas as coisas colocadas sob os pés de Cristo, quando Deus “O ressuscitou da morte e O assentou a Sua destra nos lugares celestiais, acima de todo o principado e autoridade, poder, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro” (Ef 1:20-21), estão esses poderes abaixo dos nosso pés como membros do Seu Corpo, e participantes da vitória dEle que é o nosso Cabeça. Torne-a intensamente pessoal e prática. Vitória para mim. É assim. Honraremos Aquele que a ganhou para nós pelo Seu próprio sangue e no-la dá livremente, plenamente, e agora, quando a recebermos.

Que palavra é esta: “Eis que vos dou poder para pisar serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum” (Lc 10:19). Não vamos mais duvidar dela, mas recebe-la, fazê-la nossa, e vivam no poder da sempre vitoriosa vida. “Isso aconteceu para que não confiássemos em nós, mas em Deus, que ressuscita os mortos” (2 Co 1:9). Certamente há muitos que sabem que a vitória é para eles, em Cristo, porque a palavra de Deus declara que é assim, os quais sem embargo não conseguem experimentar o seu poder em sua vida diária. Por que isso? Pode ser que o processo de receber não esteja claramente entendido. Pode haver incontável prosperidade a nossa disposição, mas do que serve se formos excluídos de recebê-la pela ignorância de como torná-la nossa. A forma de Deus para receber a vitória que Ele dá em Cristo é muito clara e tem que ser entendida, já que não há nenhuma outra forma.

É pela identificação com a pessoa do Seu Filho. O primeiro passo para a vida de vitória com Cristo sobre o trono é pela morte com o Cristo na Cruz. Abençoado é o fato de que “Ele me amou, e se deu por mim”, e para sempre nos libertou da condenação do passado. Mas quão indizivelmente precioso é aquele próximo fato. “Eu morri com Ele”. Na pessoa de Seu Filho a vida do eu que estava na mira de Deus acabou ali no Calvário. Fui crucificado com Jesus e a Cruz pôs-me em liberdade. Livre! Livre deste cruel ego, que se levantava sempre em sua impetuosidade e impaciência, sua sensibilidade e mau-humor, sua loquacidade e curiosidade, sua pressa e crueldade, seu murmúrio e lamúria, sua preocupação e descontentamento, seu espalhafato e fumaça, sua baixeza e descortesia, sua negligência e ingratidão, sua crítica e escândalo, seu orgulho e presunção, seu ódio e malícia, sua loucura e lisonja, sua vacuidade e vaidade, seu entristecimento do Espírito e arruinamento do Seu testemunho, seu impedimento da Sua obra e o desfavorecimento de Deus.

Oh abençoada liberdade, morte em Cristo, para o ego, para o pecado, para o mundo, para a Lei, para o Diabo, mas vivo em Cristo para Deus. Que revelação do Espírito é esta, quando nos deixamos conduzir para onde Deus nos colocou, na Cruz do Calvário, identificados com Ele, crucificados.

Ver pela fé a nossa velha natureza ali pendurada na pessoa do Filho de Deus, e reivindicar a vitória como nossa, e gritar com Ele: “Está consumado”. Baixar com Ele à sepultura “sepultado com Cristo”, para ver a nova criação ressuscitar e saber que estamos “assentados com Ele nos lugares celestiais, acima de todo o principado e autoridade” – é o único modo de conhecer o poder da vitória em nossa experiência, pois é dEle, e somente é nossa na medida em que somos identificados com Ele.

Nem saber sobre isso, nem cantar sobre isso, nem falar sobre isso, nem pregar sobre isso, o tornará nosso. Deve ser recebido. Descansando nos fatos da palavra segura de Deus, através de uma fé viva, tomamos o nosso lugar na identificação com Cristo na Cruz, na sepultura e no trono, e reivindicando a todo o momento Sua vida ressuscitada e vitoriosa como nossa, “para pisar todos os poderes do inimigo”, então conheceremos em nossa experiência o abençoado fato da vitória. 

Autor: B. MacCall Barbour
Extraído da revista O Vencedor Junho de 2011 a Setembro de 2011 – www.editorarestauracao.com.br

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