Palavras de Vida Eterna


Mostrando postagens com marcador Crise. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Crise. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 11 de maio de 2021

Diminuir-me Face aos Seus Desígnios

 “Convém que ele cresça e que eu diminua.” – João 3.30.

Se você se tornar indispensável a outra pessoa estará fora do plano de Deus. Como obreiro, sua grande responsabilidade é a de ser amigo do Noivo. Quando você vir uma pessoa começando a se conscientizar das reivindicações  de Jesus Cristo, saberá que a influência que exerceu sobre ela estava certa; e, em vez de estender a  mão para poupar-lhes  dificuldades, ore para que elas se tornem dez vezes mais fortes, até que não haja mais nenhum poder nem na terra nem no inferno capaz de manter essa pessoa longe de Jesus Cristo. Muitas vezes queremos tomar o lugar de Deus, interferimos e impedimos que Ele opere; dizemos: “Isto não pode acontecer.” Em vez de nos mostrarmos amigos do noivo, nossa compaixão acaba-se tornando empecilho, e aquela pessoa poderá um dia dizer: “Fulano foi um ladrão; roubou minha afeição por Jesus  e eu perdi a visão que tinha Dele.”

Cuidado para não se regozijar com alguém por motivo errado; procure regozijar-se pelo motivo certo. “O amigo do noivo... muito se regozija por causa da voz do noivo. Pois esta alegria já se cumpriu em mim. Convém que Ele cresça e que diminua.” Isto é dito com alegria e não com tristeza --- finalmente eles verão o noivo! E João diz que essa é a sua grande alegria. É o total desaparecimento do obreiro, que nunca mais tornará a ser lembrado.

Fique bastante atento para ouvir a voz do noivo na vida de alguém. Não importa que confusões, que transtornos, que declínios de saúde ela possa acarretar; assim que ouvir a voz Dele, regozije-se com  divina alegria. Muitas vezes, você poderá ver Jesus Cristo destroçar uma vida antes de salvá-la (cf. Mt 10.34).

Autor: Oswald Chambers
Extraído do Livro Tudo para Ele. Lição do dia 24 de Março.


domingo, 4 de agosto de 2019

Caótica sem Forma e em Crise

Lembro-me das primeiras aulas de hebraico tentando ler Gênesis 1.2: “a terra estava sem forma e vazia”, e o professor nos ensinando a expressar de forma bem gutural as palavras “tohu va-bohu”, que significam: um amontoado caótico de trevas aterrorizantes.

Segundo os teólogos que defendem a “Teoria da Lacuna” teria ocorrido uma catástrofe cósmica entre o verso 1 e 2 de Gênesis, e uma antiga criação que  abrigou uma raça pré-adâmica e também os dinossauros foi destruída pelo juízo divino há milhões de anos. E o que restou foi o caos.

Há algo em nosso ser interior muito próximo disso. Somos seres fragmentados, desconhecidos para nós mesmos, buscando ordenar nossa confusão interna. E o mesmo Senhor que pôs em ordem o cosmos com sua palavra e vontade deseja reorientar o interior do homem. É possível ver este desejo divino em prática quando Paulo diz que Deus nos “libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do seu Filho” (Cl 1.13). Enquanto o império das trevas cósmico recebeu a ordem divina: “haja luz”, e houve luz, o reino humano foi irradiado pela presença de Cristo, e nas regiões dominadas pelas sombras  brilhou a Luz de Sua Presença entre nós.

Desde o princípio o homem sofre de delírios de grandeza e por isso busca encontrar segurança nas suas realizações. A primeira grande tentativa da humanidade de realizar-se foi erigir uma torre para chegar ao céu, e gravar seu nome ali. De igual modo, a partir da Idade Média também passamos a construir templos monumentais e catedrais, procurando através deles “tocar o céu”, inspirar segurança e passar solidez aos seus frequentadores.

Hoje, não contentes com o “poder eclesial” este mesmo homem busca também o “poder político”. O maior grupo neo-pentecostal do Brasil já tem o seu partido (PRB), e agora, a mais tradicional igreja pentecostal foi picada pela “mosca azul” e está montando  também uma agremiação – o PRC – para entrar na política partidária. É o ovo da serpente sendo chocado: sabemos que em algum momento da História, a besta que emerge da terra (sistema religioso) juntará suas forças à besta que emerge do mar (poder político) para sua derradeira investida.

Se houve um juízo divino sobre o faraó do Egito e seu povo, se houve sobre os construtores da torre de Babel, se os filisteus  sofreram terríveis conseqüências por terem se apossado da arca, se a terra engoliu os adoradores do bezerro de ouro e se o rei Herodes foi  comido por vermes na frente de uma multidão por não ter dado glórias a Deus (At 12.23) não viria um juízo também sobre esta geração?

Deus é paciencioso e suporta longamente a perversidade dos que se desviam, mas Ele avisa: “Dei-lhe tempo para que se arrependesse”. Porém, a loucura e a bazófia dos homens tem subido até os céus.

Vivemos a mercantilização da vida onde tudo tem seu preço: valorizamos o que tem utilidade imediata para nós, inclusive gente, e quando não tem mais, a ordem é: jogue fora, e esqueça. Na atividade econômica trabalhadores precisam atingir as metas  traçadas por  acionistas ávidos de lucros – senão todos perdem o emprego.  Mas que ninguém se escandalize, pois isso já é normal nos grandes conglomerados da fé: pastores também têm de atingir suas metas – de valores, diga-se de passagem – e não de amor, visitação, cuidado ou pastoreio. É a mercantilização da fé onde “deus” nada mais é que um sujeito obcecado por dinheiro, e que só sabe falar money, money, money....

Ao contrário do que muitos imaginam, o juízo não começará pelos ímpios, porém, “o julgamento começa pela casa de Deus” (1Pe 4.17). Compreendo agora quando Salomão diz que “se o justo é punido na terra, quanto mais o perverso e pecador” (Pv 11.31).

A palavra grega que expressa juízo é “krisis”.  Não significa necessariamente condenação, podendo até mesmo ser uma oportunidade para decisão, porém será sempre dolorosa.  Para os médicos da Antiga Grécia a palavra “krisis” tinha um especial significado: quando o doente depois de medicado entrava em “crise”, era sinal de que haveria um desfecho: a cura ou a morte.

O Juízo e sua crise estão aí por toda a parte. Vidas tresloucadas, destroçadas, amarguradas. Mas João Batista adverte que a única coisa que pode nos livrar do juízo divino é o arrependimento e a conversão.

Não sei quanto a você, mas algo me diz que estes últimos acontecimentos que abalaram o mundo irão se aprofundar ainda mais para todas as áreas da vida. A humanidade se encontra sob a ira divina, pois “todo aquele que se mantém rebelde contra o Filho...  sobre ele permanece a ira de Deus” (João 3.36).  Ou seja, o único que pode impedir a ira do Eterno é Jesus. Vamos ouvir mais o que Ele tem a nos dizer, vamos praticar mais as Suas Verdades, e permitir que Ele controle o nosso ser cansado,  afinal o Juízo divino já está entre nós e horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo (Hb 10.31).

Autor: Pr. Daniel Rocha
dadaro@uol.com.br

ARTIGOS MAIS LIDOS DA SEMANA