Palavras de Vida Eterna


quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Ofertas Daí e dar-se-vos-á!, Watchman Nee

A forma do crente ofertar é totalmente diferente da forma do não crente. O crente dá; o não crente acumula. Os pássaros não passam fome e os lírios do campo vestem lindas roupas. Se houver necessidade, deve haver um vazamento em algum lugar. Vejamos onde ele se encontra.

O Princípio Cristão
“Dai e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também.” Lc 6:38. Como crentes, esperamos em Deus todo o nosso suprimento, mesmo os que são ricos. Paulo nos exorta a não colocarmos nossa esperança na incerteza das riquezas (I Tim. 6: 7-10 e 17-19). Só os que confiam no Senhor, mesmo não tendo economias, não passarão falta. Mas existe uma condição para experimentar isso. Aquele que chega ao ponto de privação, não administrou seu dinheiro de acordo com o princípio de Deus. Se seguirmos a lei do gastar, naturalmente cairemos na pobreza. Deus pode nos suprir ricamente; nunca pense que Ele é pobre. Tudo no mundo é dEle. Mas precisamos preencher esta condição “dai e dar-se-vos-á!”.

O Receber é Medido pelo Dar 
Tenho visto irmãos em crises financeiras e a dificuldade não está no ganhar pouco e sim no dar pouco. Aquele que pensa em si é pobre; o que dá é rico. Para evitarmos a pobreza precisamos dar! Quanto mais dermos, mais Deus vai nos dar (é bom lembrar que não se trata de barganha com Deus! Sou movido a dar, mesmo que não receba de volta o que dei). Devemos dar porque sabemos que temos bastante na poupança? De modo nenhum! Deus nos tratará da mesma forma que tratamos nossos irmãos. Se dermos tudo a eles, eles nos darão tudo! Se ganhamos pouco é porque ofertamos pouco! O ensino da Palavra é: “Dai e dar-se-vos-á !” Dê e o Senhor dará a você; se não dermos aos outros, Deus não terá obrigação de nos dar. Muitos têm fé para pedir dinheiro a Deus, mas não tem fé para dar ofertas aos outros. Os novos crentes devem aprender essa lição logo. Aprendam isso: vocês devem dar da forma como gostariam de receber! Na verdade Deus Se compromete a suprir apenas um tipo de pessoa: as que estão dispostas a dar. Os termos em Lucas 6:38 são maravilhosos: boa medida. Quando Deus dá, ele nunca faz cálculos. Ele dá abundantemente! Seu cálice transborda: boa medida, recalcada, sacudida, transbordante! Não esqueça: “com a medida com que medirdes vos medirão a vós.”

A História do Dr. Moule 
Handley C. G. Moule da Inglaterra foi o editor da revista Vida e Fé. Conhecia muito bem a Bíblia e vivia pela Fé. Foi provado muitas vezes mas conhecia Lucas 6:38. Sempre que havia falta de algo, ele dizia à esposa que havia algo errado com eles na questão do dar. Nunca considerava o quanto haviam dado, mas apenas onde podiam estar errando no deixar de dar. Uma vez ficaram reduzidos a quase nada. A farinha acabou de todo.Esperou dois dias e nada chegou. Ele e a esposa começaram a procurar o que estava sobrando na casa, que impedia o Senhor de dar mais. Descobriram que tinham manteiga além do necessário. Já eram idosos nesta época. Cortaram a manteiga em pedacinhos e enviaram aos irmãos mais pobres. Ajoelharam e disseram: “Senhor, queremos apenas lembrar ao Senhor as Tuas palavras: “dai e dar-se-vos-á”. Entre os que receberam a manteiga havia uma irmã idosa que comia pão há vários dias sem manteiga. Ele havia orado: “Senhor, envia-me um pouco de manteiga” e logo depois o sr. Moule levou a manteiga a ela, sem saber da sua oração. Ao orar ela disse: “Embora nosso irmão não tenha falta de nada, pois me trouxe essa manteiga, se houver alguma necessidade, dê a ele, Senhor”. O irmão Moule não deixava ninguém conhecer sua necessidade e muitos imaginavam que ele era um homem rico, pois estava sempre ofertando aos outros! Mas a irmã orou por ele e dentro de duas horas ele recebeu duas sacolas com farinha.

A História de Watchman Nee
“Vou falar a minha primeira experiência. Foi em 1923 (20 anos de idade). Fui convidado para pregar o evangelho em uma cidade, distante 180km de onde eu morava. A viagem ficava em 70 ou 80 dólares de barco. Pedi direitinho ao Senhor e ele começou a chegar: 20 dólares e cento e poucos daimes. Era um terço da passagem mas resolvi viajar assim mesmo. Na quinta-feira de manhã, um dia antes da viagem, fui impressionado pelas palavras “dai e dar-se-vos-á”. Fiquei um pouco conturbado em meu coração por causa da viagem. Mas a impressão ficou mais forte e senti que devia dar os 20 dólares e guardar os centavos. A quem devo dar? Orei e saí esperando encontrar um irmão que tinha família e tinha necessidades. De repente estava diante dele e lhe entreguei o dinheiro dizendo: “Irmão, o Senhor quer que eu lhe dê esta quantia.” Depois de andar alguns metros as lágrimas rolaram dos meus olhos. Eu disse: “Senhor, já avisei que iria pregar. O que farei agora?”. Chegou a vez do Senhor suprir. Fui pegar o barco e saí pela primeira vez da minha cidade. Orei até adormecer no barco. No mesmo dia mudei de barco e andei de um lado para outro, pensando que isso podia ajudar o Senhor. Mas meu coração dizia que se dei, o senhor me daria! O barco chegaria em Sueicou às 5 da tarde e teria que fazer a última parte da viagem que era mais cara. Tinha apenas uns 70 daimes de resto. Pensei em voltar, mas dentro de mim uma voz dizia: “Por que você não pede uma viagem menos cara?” Fiz isso. Ao aproximar do barco o responsável me perguntou se eu ia para determinada cidade. Respondi que sim. Ele disse que me levaria por 70 daimes. Eu tinha 80! A viagem já havia sido paga aquele homem pelo governo local e o meu pagamento seria ganho extra!

Chegou a hora de voltar. Três dias antes da viagem um missionário me convidou para almoçar e me disse que gostaria de pagar minha viagem de volta. Eu respondi que já tinha Um responsável por mim. Ele me pediu desculpas. Quando voltei ao meu quarto me lamentei pelo que havia feito, mas tinha descanso no coração. No dia da viagem só tinha 2 daimes no bolso. Minha bagagem foi enviada para o barco e eu orava o tempo todo: “Senhor, Tu me trouxeste; És responsável por mim”. A meio caminho do barco o missionário amigo me enviou uma carta dizendo: “Sei que alguém responsabiliza-se por você, mas Deus me mostrou que eu devia participar da sua visita aqui. Permita que seu irmão possa ter uma pequena parte?” Agradeci ao Senhor e além de pagar a viagem de volta, ainda deu para imprimir um número da revista Reavivamento. Chegando em casa encontrei com a esposa do irmão a quem dera o dinheiro. Ela disse: ‘Irmão, estávamos orando há três dias porque não tínhamos nem alimento nem combustível.\' Não disse nada a ela sobre minha viagem, mas fiquei pensando comigo mesmo: ‘Se tivesse guardado os 20 dólares, teriam ficado inúteis; mas ao dá-los, quão úteis se tornaram.\' Aquele que dá é que recebe!

A forma do cristão administrar suas finanças não é segurando firmemente o dinheiro em suas mãos. Quanto mais seguramos, mais fatal ele se torna. Tal dinheiro será inútil; derreterá como gelo. Somente dando é que o dinheiro é aumentado. Segurar o dinheiro produz pobreza.

Semeando para Deus
“E isto afirmo: Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com fartura, com abundância também ceifará” (II Co. 9:6). Isso se relaciona com as finanças do cristão. Não se trata de jogar fora e sim de semear. Como podemos colher se não semeamos? Muitas orações por suprimento não são ouvidas porque somos duros e queremos colher onde não semeamos! Semeia para seus irmãos e irmãos em dificuldade! Paulo está falando de enviar dinheiro para os irmãos pobres em Jerusalém. Muitos comem tudo o que ganham. Semeia um pouco e no próximo ano você terá o dobro.

Entregando ao Senhor
A palavra de Deus é muito clara no Antigo Testamento: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro... e fazei prova de mim, diz o Senhor ” (Ml 3:10). O povo de Israel estava em grande pobreza nessa ocasião porque não deram ao Senhor. Se com 100 reais já é difícil, como será com 80? Esse é o raciocínio humano; mas “para os homens isso é impossível, mas com Deus tudo é possível ” ( Mt 19:26). O motivo da pobreza é os 100 reais e não os 80. Se entregamos a Deus, entramos na benção.

Espalhando para Deus
“Um dá liberalmente e se torna mais rico; outro retém mais do que é justo e se empobrece” (Pv 11:24) Muitos não espalham e por isso nada sobra. Mas os que espalham se tornam ricos diante de Deus.

Gastando para Deus 
Quando Elias orou pedindo chuva, a nação estava sofrendo grande seca. Mas quando Elias ofereceu um sacrifício e pediu chuva, ele ordenou que derramassem água sobre o holocausto. A água era preciosa, mas Elias fez com que derramassem três vezes sobre o sacrifício, até a vala ao redor do altar ficar cheia de água. Não havia chovido ainda; não era um desperdício? Mas Deus enviou a chuva. Você quer a chuva do céu? Então derrame sua água primeiro.

Eis o problema de muitos: o apego ao que possuem. Depois querem que Deus os ouça. Sempre reservam um pouco para o caso de Deus não responder. Não, devemos gastar o que temos. Isso se aplica ao dinheiro. Os novos crentes (e os mais antigos) devem aprender a se livrar do poder de Mamom. Coloquemos tudo no altar.

O Suprimento de Deus
“E o meu Deus suprirá todas as vossas necessidades segundo as Suas riquezas em glória em Cristo Jesus” (Fl 4:19). Os de Corinto eram limitados no dar, mas os Filipenses eram generosos. Uma e outra vez eles supriram o Apóstolo Paulo; agora Paulo diz que Deus vai supri-los ricamente. Muitos tentam aplicar este versículo mas esquecem que Deus supre os doadores e não os que apenas pedem! Quando sua panela estiver quase vazia e a botija faltando azeite, lembre-se de fazer um bolo para Elias, o profeta de Deus. Aí o seu pouco durará três anos e seis meses. Quem já ouviu falar de tal coisa? Isso não dá para uma refeição, mas se for dado a Deus primeiro, sua vida poderá ser sustentada por esse pouco.


A PRÁTICA CRISTÃ É DAR 
O Antigo e o Novo Testamento enfatizam a mesma coisa. Existe pobreza em nosso meio? A razão pode ser o apego ao que temos. Quanto mais nos amamos, mais fome teremos. Se a questão do dinheiro não for resolvida, nada será resolvido. Qualquer que considera o dinheiro como algo grande, está próximo da pobreza. Posso não ter condições de testemunhar de outras coisas, mas dessa eu posso: quanto mais seguramos o dinheiro, mais pobres nos tornamos. Vamos soltar o dinheiro, permitindo que ele realize milagres para Deus.

O gado nas montanhas e as ovelhas nos campos, pertencem a Deus. Quem é tolo em pensar que pode ser dono disso? Que o dinheiro da igreja seja vivo. Coloquemo-nos na Palavra de Deus, senão ele não terá como realizar Sua Palavra em nós. Vamos nos dar primeiro ao Senhor e depois soltar nosso dinheiro para que Ele possa nos dar.

SETE FORMAS DE DAR 
1. Descuidada: Damos para toda causa, sem discriminação
2. Impulsiva: Damos sem meditação
3. Preguiçosa: Fazemos bazares, etc
4. Egocêntrica: Tocando trombeta
5. Sistemática: Dando como hábito
6. Imparcial: Dando a quem precisa e a quem Deus indicar
7. Sacrificial: Dando do necessário

Autor: Watchman Nee
Traduzido por Delcio Meireles
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2º 19125, 05122018

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

A Graça de Deus, Revista Palavra Profética

A Graça de Deus termina onde começa o merecimento do homem. Se a Vida Eterna é dada “de graça” então “não é das obras”, senão “a graça já não é graça” (Rm 11:6). A maior tolice que um homem pode cometer é tentar edificar sua casa sobre a areia das ações. Está escrito que “ninguém pode lançar outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo” (I Co 3:11). Infelizmente há muitos que andam no “caminho de Caim” (Jd 11) e buscam aproximar-se de Deus na base dos seus próprios méritos, desprezando completamente o sangue da expiação (Hb 9:22).

É possível alcançar a Justiça por meio da Lei? Então Cristo morreu em vão! Pode um homem ser Justificado pela Lei? Isto seria o mesmo que estar divorciado da Graça! Deus exige boas obras do homem a fim de que ele seja redimido? Então a Graça já não é mais Graça! A salvação pela Graça por meio da Fé deixa o salvar nas mãos de Cristo. A salvação pelas Obras faz do homem o seu próprio salvador levando-o a reclamar a salvação como Recompensa na base da Dívida e não na base da Graça.

A Graça descansa na expiação de Cristo aceitando-a como eternamente suficiente e por essa razão pode cantar: “Portanto, (Cristo) pode salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus” (Hb 7:25). As Obras negam a exclusiva eficácia de Cristo crucificado para salvar, a suprema eficácia do Cristo vivo para guardar e a sublime eficiência de Cristo que há de vir para glorificar. A Graça reconhece a salvação como algo seguro e firme. Sua declaração é: “Jamais perecerão e ninguém as arrebatará da minha mão” (Jo 10:28). As Obras, entretanto, tomam a salvação como algo inseguro e instável. Por isso, seu gemido é: “Corremos sempre o risco de perecer, porque somos nós quem seguramos o Pai com nossas mãos.”

A graça considera as melhores roupas de justiça do homem como “trapo de imundícia” e suas obras não regeneradas como lixo. A Graça exalta a Dádiva de Deus e considera a salvação como sendo de tão inestimável valor a ponto de só poder ser adquirida pelo infinito preço do Calvário. Por essa razão a Graça alegremente declara: “E em nenhum outro há salvação; porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, em que devamos ser salvos” (At 4:12)!


A Segurança do Salvo O crente salvo e conservado salvo pela Graça há de cantar com regozijo o hino de Fanny Crosby: “E eu O verei face a face e contarei a estória salvo pela graça.” Porém, os que acreditam que somos salvos pela Graça e conservados salvos pelas Obras, provavelmente se verão forçados a cantar assim o hino acima mencionado: “E eu O verei face a face, e contarei a estória salvo pela Graça e também por meu sacrifico.”

Se um pecador não é salvo pelas Obras, como poderá um santo ser mantido salvo pelas Obras? A voz do Calvário é: “Está consumado”! Os pecadores não são salvos pelas Obras da Lei. Os santos também não são preservados pelas Obras da Lei. O pecador entra no Caminho pela Graça e é mantido nele também pela Graça.

Muitos crentes pensam que a salvação apenas suspende o pecador e o deixa pendurado sobre a enorme cratera do inferno. Porém, quem o mantém suspenso são as Obras e não “o poder de Deus” (I Pd 1:5). Ora, nossas Obras são mais fracas do que um cordão que é facilmente rompido. E se o cordão rompe, isto é, se pecamos, caímos dentro do inferno? Oh não, Graças a Deus! Nós os que cremos, somos “guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação que está preparada para se revelar no último tempo” (I Pd 1:5)!

O crente fundamenta a certeza de sua salvação na obra de Cristo no Calvário, no testemunho da Palavra de Deus exteriormente e no testemunho do Espírito Santo interiormente (Jo 5:24; Rm 8:16). O que não podemos esquecer é que a “carne” continua a existir dentro do crente. Ela não é “erradicada” quando ele nasce de novo. Todo cristão verdadeiro experimenta esta luta entre “a carne e o Espírito” (Gl 5:17). Se o crente dá lugar à carne para operar, o Espírito é entristecido e pode até ser apagado (Ef 4:30; I Ts 5:19). Se ele permite que o Espírito opere, o resultado é amor, gozo e paz (Gl 5:22).

Extraído da Revista Palavra Profética, 1987

domingo, 2 de dezembro de 2018

A Janela Mais Ampla de Deus - 6 Histórias



1ª, Um Pai e sua Filha O autor da seguinte história é desconhecido. Alguns anos atrás, quando passei por uma prolongada enfermidade e pela fraqueza física que se seguiu, tornei-me vulnerável aos ataques e às insinuações mentirosas de Satanás. Naqueles momentos, dúvidas e temores me oprimiam, a ponto de quase me subjugar completamente. Faltava-me paz verdadeira. Na minha condição de abatimento, preocupava-me especialmente com a minha aparente falta de amor e a minha frieza de coração para com Deus me assustava!

Quando peguei o Pão Diário, um livro de mensagens devocionais, e li a mensagem de segunda-feira, descobri uma preciosa pepita, em forma de conselho dado a um companheiro cristão: "Quando chegar em casa anseio por colocar minha filhinha no colo, olhar em seus olhos meigos e confiantes e ouvir sua deliciosa tagarelice. Farei isso porque amo aquela criança intensamente. Ela é apenas uma garotinha e seu amor por mim ainda é tão pequenino. Se o meu coração estivesse entristecido, seu inocente sono não seria interrompido. Se o meu corpo estivesse moído de dor sua brincadeira não seria interrompida. Mesmo se eu viesse a morrer, ela provavelmente se esqueceria de mim em poucos dias.

Mas nem todo o dinheiro do mundo poderia comprar minha filhinha. Por quê? É ela quem me ama ou sou eu que a amo? Reteria o meu amor até ter a certeza de que ela sente o mesmo por mim? Certamente não! Eu a amo porque ela é minha filhinha. Ela é muito preciosa aos meus olhos !"

Inesperadamente ficou claro para mim. De uma maneira inédita, compreendi o que significava o amor do Pai. Com os olhos cheio de lágrimas, consegui apenas exclamar: "Compreendi! Não é o meu amor por Deus, mas é o Seu amor por mim ... é nisso que devo pensar!" Com essa compreensão, senti um amor por Ele que nunca havia experimentado antes. Compreendi, então, o que João escreveu:

1 João 4:10
Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.

1 João 4:16
E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor; e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele.


2ª, O Ateu e um Mineiro
Ninguém duvidava que aquele ateu era um brilhante orador. Num debate, geralmente conseguia confundir seu oponente, por mais brilhante que fosse, a ponto de expô-lo ao ridículo. Como palestrante seus argumentos eram sutilmente convincentes e sua capacidade de iludir seus ouvintes era comprovada pela propagação da infidelidade, onde quer que ele proferisse seus vis discursos.

Certa noite, ele estava dando uma palestra numa cidade onde havia grande atividade em mineração e observou na platéia um homem que o ouvia atentamente. Aquele homem vestia um uniforme encardido de operário das minas e seu porte físico avantajado de enormes músculos demonstrava um homem de força incomum.

O palestrante argumentava contrariamente à divina inspiração da Bíblia, a Jesus Cristo como Filho de Deus e ao Cristianismo, o último como conseqüência lógica da crença nos dois primeiros pontos. Olhando a sua audiência, sentiu-se confiante de ter destruído completamente a fé dos seus ouvintes em tais teorias e encerrou seu discurso: "Bem, estou certo de que tive sucesso ao explicar-lhes o mito de Jesus Cristo".

Mal acabara de concluir sua frase, quando o mineiro que ele havia notado anteriormente levantou-se lentamente. Mesmo em roupas bem encardidas, o seu tamanho impunha respeito. Sua voz retumbou no auditório quando falou ao palestrante: "Senhor", disse ele, "sou apenas um trabalhador e não conheço essa sua palavra erudita, o "mito", mas estas pessoas me conheceram! Elas sabem que até três anos atrás eu era o homem mais durão da cidade. Eles também sabem que até então meu lar era miserável. Eu negligenciava a minha esposa e os meus filhos. Blasfemava e falava palavrões. Gastava todo meu salário com bebida e qualquer um que se opusesse a mim sentia a força do meu punho. Então alguém veio a mim e falou da misericórdia de Deus para com os pobres pecadores. Ele me fez vislumbrar Cristo Jesus morrendo na cruz no Calvário por pecadores desprezíveis como eu. Ele me ergueu com esperança e fé nas mesmas coisas que você agora chamou de mito. Cri exatamente naquilo que você negou agora, e por meio da nova confiança que encontrei no poder purificador do sangue do Salvador, a minha vida foi transformada. Essas pessoas podem lhe dizer que a minha vida agora é completamente diferente.

Tenho um lar feliz. Amo a minha esposa e os meus filhos. Sinto-me melhor em todas as áreas e Deus tirou-me a vontade de beber. Um novo poder tomou conta de mim, desde que Cristo entrou na minha vida. Meu senhor, se o que o senhor diz é verdade, então como explicaria a minha pessoa? Ou o que Deus fez em mim?"

O palestrante rapidamente fugiu de cena, pois não tinha como explicar. Aquele mineiro fez com que as pessoas voltassem para suas casas ouvindo a verdade de que a Bíblia ainda é a Palavra de Deus vivo, que Jesus Cristo é mais do que um mito e que o Evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê.

Tiago 3:3-7
Pois nós também, outrora, éramos néscios, desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte de paixões e prazeres, vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos outros. Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna.


3ª, Lisa e o Médico
Se não considerarmos a intervenção misericordiosa de Deus, como poderemos explicar o que aconteceu com Lisa?

Às três horas da manhã do dia 19 de setembro, ela deu à luz a um saudável bebê de quase quatro quilos, no Centro Médico da Cidade do México. Por volta das seis horas da manhã daquele dia, as enfermeiras acordaram a mães para tomar banho. Humanamente falando, Lisa se sentia péssima. Porém obedeceu e se sentiu renovada em seguida.

Assim que acabou o banho, um médico veio até ela e disse:
"Filha, me acompanhe, por favor".

Ele caminhou então na direção oposta, enquanto ela ficou parada, dizendo a ele que os elevadores ficavam na outra direção.

"Eu sei disso", respondeu ele. "Apenas me siga".
Lisa precisou de uma força sobrenatural para descer os três lances de escada.

"Doutor, e o meu bebê?"
Mais uma vez ele lhe assegurou que também estava a par de tudo em relação ao bebê. Os dois continuaram descendo as escadas até o segundo andar, onde estava a enfermeira com os recém-nascidos.

"Mas, doutor, como é que vou saber qual o bebê é o meu?", perguntou ela.

"Eu sei qual é o seu", respondeu.

Ele se dirigiu a um determinado berço, pegou o bebê e o entregou à mãe. Ela confirmou a identidade do bebê pelos braceletes. O médico então desapareceu!

Lisa caminhou para o primeiro andar. De repente, voltou-se e viu o outro lado do hospital - onde ela estava - desmoronando! Aquela foi a manhã do dia 19 de setembro de 1985, quando um grande terremoto abalou a Cidade do México.

Lisa indagou pelo médico, descrevendo-o aos outros sobreviventes. Todos afirmaram nunca terem visto um médico que combinasse com aquela descrição.

Ela voltou para casa na tarde daquele mesmo dia, e mais tarde compareceu ao Centro Cristão, testemunhando com lágrimas da misericórdia de Deus em poupar sua vida, por intermédio do que poderia ter sido um anjo, para livrá-la da destruição. Que tamanha experiência para uma jovem crente ser firmada na misericórdia e graça do Senhor!

Milhares de pessoas perderam a vida naquele dia na Cidade do México. O desejo especial de Deus em livrar Lisa e seu Bebê não pode ser explicado. Teria sido por algum merecimento especial ou um propósito ainda a ser trabalhado em sua vida?


5ª, Bebendo algo Mortífero

Há alguns anos atrás, uma história chegou ao mundo ocidental, vinda de um país da cortina de ferro. Agentes secretos da polícia haviam prendido um obreiro cristão. Pouco depois da sua prisão, ele foi conduzido da sua cela para a sala de interrogatórios, onde estavam um oficial e um médico à volta de uma mesa, na qual havia uma Bíblia aberta. Ordenaram ao prisioneiro que se assentasse. O interrogatório teve início. Eles lhe perguntaram: "Você acredita que este livro é a Palavra de Deus?" Ele respondeu: "Sim".

O oficial, então, pediu-lhe que lesse o versículo em Marcos 16:18. O obreiro leu "... e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal".

"Você acredita que este versículo também faz parte da Bíblia?", o oficial interpelou. O cristão respondeu: "Sim".

Então o oficial colocou um copo cheio sobre a mesa e explicou: "Neste copo há um forte veneno. Se o livro estiver certo, como você insiste, bebê-lo não lhe causará dano algum. Para mostrar-lhe que não estamos blefando, veja isto". Foi então que o oficial trouxe uma cachorro enorme e o fez beber aquele veneno. Em poucos instantes, o cachorro caiu morto. O oficial olhou para o cristão e perguntou: "Você ainda afirma ser verdadeiro este livro que você chama Palavra de Deus"?

O cristão mais uma vez respondeu, "Sim, é a palavra de Deus! É verdadeiro".

Sob o olhar atento do médico, o oficial comunista finalmente gritou: "Então beba tudo!"

O cristão sabia que aquele era o teste supremo. Pediu permissão para orar antes de beber. Ajoelhou-se perto da mesa, pegou o copo e orou por sua família, para que permanecessem firmes na fé.

Também orou pelo oficial comunista e pelo médico, para que encontrassem a Deus e se tornassem cristãos. Então, ao final de sua oração acrescentou: "'Oh Senhor, vistes como eles Te desafiaram, Estou pronto para morrer, mas pela Tu Palavra, creio que nada irá me acontecer. Se Teu plano for diferente, estou pronto para encontrar-Te. Minha vida está em Tuas mãos, como desejas. Que seja feita a Tua vontade".

Com essas palavras o prisioneiro levantou o copo e bebeu. O oficial e o médico ficaram surpresos. Não imaginaram que o cristão beberia o veneno, acharam que ele se renderia. Olhavam atentos, esperando que o prisioneiro sucumbisse como o cachorro.

Os segundos transformaram-se em minutos. Minutos pareciam horas. O silêncio tomou conta da sala. Todos aguardavam a inevitável morte. Após vários minutos de espera, o médico foi o primeiro a se mover. Segurou o braço do cristão e tomou seu pulso, que estava normal. Procurou por outros sintomas, mas não encontrou nenhum.

Demonstrando surpresa e espanto, o médico prosseguiu com o seu exame, mas não conseguiu encontrar nenhum vestígio de lesões. O exame prosseguiu. O médico ficou mais e mais surpreso. Finalmente, assentou-se bruscamente em sua cadeira. Após alguns instantes, tirou de seu bolso a carteira do partido e, rasgando-a ao meio, jogou-a ao chão.

Depois, tomando a Bíblia em suas mãos, disse: "De hoje em diante, também acreditarei neste livro. Com toda a certeza, ele é verdadeiro. Estou pronto para crer em Cristo que fez tamanha proeza diante dos meus próprios olhos".


5ª, Salvação para o Perdido
John Mac Arthur escreve: "Não muito tempo atrás, um homem que eu nunca havia visto entrou em meu escritório e disse: "Preciso de ajuda", disse ele. "Sinto-me estranho em vir até você, pois nem mesmo sou cristão! Sou judeu! Até algumas semanas atrás, nunca havia entrado numa igreja. Preciso de ajuda, por isso decidi falar com você."

Assegurei-lhe que faria o possível para ajudar. Convidei-o a assentar-se e expor o que o perturbava. A conversa foi mais ou menos o seguinte: "Sou duas vezes divorciado e agora vivo com uma mulher que é minha amante. Nem sequer gosto dela, mas não tenho coragem de deixá-la e voltar para minha segunda esposa".

"Sou médico", prosseguiu. "Pior ainda, vivo de fazer abortos! Mato bebês! No ano passado minha clínica faturou nove milhões de dólares só com abortos. Não faço apenas abortos legais, faço por qualquer outra razão. Ainda que uma mulher apareça lá sem motivo, eu arrumo um".

"Há seis semanas, um domingo pela manhã, fui a uma igreja da Comunidade e desde então tenho ido toda semana. Na semana passada, você compartilhou sobre Ser entregue a Satanás. Se existe alguém sobre a terra que deve ser entregue a Satanás, esse alguém sou eu. Sei que estou condenado ao inferno por causa das coisas que fiz e, além disso, sou completamente desventurado e infeliz. Faço terapia constantemente, mas não tem me ajudado em nada. Não consigo suportar a culpa de tudo isso. Não sei o que fazer. Você pode me ajudar?"

"Não", respondi, "não posso ajudá-lo".

Surpreso, ele me olhou em nítido desespero. Deixei que o choque fizesse algum efeito.

"No entanto, deixe-me esclarecer que conheço Alguém que pode ajudá-lo - Jesus Cristo".

"Mas não sei quem Ele é", disse ele em tristeza. "Durante toda a minha vida fui ensinado a não crer nEle".

"Você gostaria de saber quem é Jesus Cristo?"

"Sim, gostaria se, de fato, Ele puder me ajudar", replicou.

"Quero que faça o seguinte".

Peguei a minha Bíblia que estava na escrivaninha e abri no Evangelho de João.

"Gostaria que levasse esse livro para casa. Leia essa parte chamada Evangelho de João. Quero que leia e releia, até que saiba quem é Jesus Cristo. E então me procure novamente".

No final da mesma semana, relatei o incidente a um pastor de outra igreja. Obtive dele a indagação: "Foi tudo o que você lhe deu? Só o Evangelho de João? Por que você não lhe deu algum material de suporte, algumas fitas, algumas perguntas para responder, alguma outra coisa ... Só a Bíblia?"

"Não e preocupe", respondi, "A Bíblia é como um leão. Não é necessário defendê-la. Abra a porta e deixe-a sair. Ela tomará conta de si mesma. Se ele estiver com o coração aberto, a Bíblia poderá fazer muito mais para alcançá-lo do que se eu lhe desse um monte de literatura ou qualquer outro tipo de material de estudo. O que poderia dar-lhe mais poderoso do que a própria Palavra de Deus?"

Na sexta-feira seguinte, recebi um telefonema. O médico queria me ver novamente. Marcamos um encontro, ao qual ele foi pontual. Entrou no meu escritório, passou por mim como se não tivesse me visto, sentou-se no sofá e colocou a Bíblia ao seu lado.

"Sei agora quem Ele é", declarou.

"Sabe?"

"Sim, eu sei", respondeu.

"Quem é Ele?"

"Vou lhe dizer uma coisa. Ele não é apenas um homem".

"Verdade?", questionei-o. "Quem é Ele?"

"Ele é Deus!", disse firmemente.

"Como você, sendo judeu, pode declarar que Jesus Cristo é Deus?", perguntei. "Como descobriu isso?"

"Está claro no Evangelho de João".

"O que o convenceu disso?"

"Pelas palavras que Ele disse e as coisas que Ele fez! Ninguém poderia dizer ou fazer tais coisas se não fosse Deus", declarou repetindo a tese do apóstolo João cabalmente.

Concordei entusiasmado, balançando a cabeça.

Ele prosseguiu, "Sabe o que mais Ele fez? Ressuscitou dos mortos. Eles O sepultaram e três dias depois, ressurgiu da morte! Isso prova que Ele é Deus, não prova? O próprio Deus veio ao mundo".

Aquele homem havia sido conquistado. "Você sabe por que Ele veio?", perguntei-lhe.

"Sim, Ele veio para morrer pelos meus pecados".

"Como você sabe disso?", questionei.

"Gostei tanto do Evangelho de João que li a Epístola aos Romanos também. Assim que eu colocar a minha vida em ordem, vou me tornar um cristão".

"Esse não é o caminho certo", ponderei. "Receba-O como seu Senhor e Salvador neste exato momento e deixe que Ele coloque sua vida em ordem". Foi quando perguntei, "que implicações essa decisão tem para seu trabalho?"

"Passei a tarde escrevendo minha carta de demissão para a clínica de abortos. Assim que sair daqui, ligarei para minha segunda esposa e vou levá-la à igreja comigo".

Asim ele disse e assim ele fez!

Por que alguém questionaria o poder das Escrituras em alcançar uma pessoa como ele? O fato é que nada do que eu viesse a dizer teria sido mais eficaz do que a verdade inspirada pelo Espírito na própria Bíblia. Ela o convenceu do seu pecado e o levou a reconhecer sua necessidade de Cristo".


6ª, Um Peixe para a Salvação

Billy Graham relatou sobre a fidelidade de Deus para com uma esposa cuja fé foi provada por meio de um marido difícil e rancoroso.

Essa é a história de uma mãe que vivia na África e se converteu. Devido ao seu forte comprometimento e devoção ao Senhor, foi distanciando-se do marido - como tantas vezes acontece - o qual, com o tempo, passou a odiar e a desprezar sua nova devoção a Cristo.

Sua raiva e amargura alcançaram o ápice quando decidiu que mataria a esposa, os filhos e depois a si mesmo, por ser incapaz de viver meio à situação nociva imposta por si mesmo. Entretanto, precisava de uma desculpa. Decidiu então acusá-la de ter furtado suas chaves do banco, da casa e do carro. Numa certa tarde, ele saiu do banco e foi em direção ao bar. Seu trajeto era por uma passarela que cruzava o Rio Nilo. Parou na ponte e jogou as chaves. Passou o resto da tarde bebendo e se embriagando na taverna da região.

Na mesma tarde, um pouco depois, a esposa foi ao mercado de peixe para comprar o jantar. Comprou um grande pescado do rio Nilo. Enquanto limpava o peixe, para sua surpresa, encontrou as chaves do marido dentro da barriga do peixe. "Como será que elas foram parar nele? Quais poderiam ser as circunstâncias?" Ela não fazia idéia, no entanto limpou-as e pendurou-as no gancho onde costumavam ficar.

Quando o jovem banqueiro voltou para casa aquela noite, completamente bêbado, esmurrou a porta da frente tentando abri-la e gritou: "Mulher, onde estão as minhas chaves?" Já deitada, ela levantou-se e retirou-as do gancho e entregou-as ao marido. Ao ver as chaves, com os próprios olhos, ficou sóbrio imediatamente. Ajoelhou-se e, em prantos, pediu perdão e confessou a Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador, convertendo-se ali mesmo.

Autor: DeVern Fromke
Extraído do livro "A Janela Mais Ampla" de DeVern Fromke - Edições Tesouro Aberto

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