Palavras de Vida Eterna


domingo, 30 de agosto de 2020

O que restaria se?

Todos já ouvimos a pergunta: o que restaria se o Espírito Santo fosse retirado de nossas igrejas? E todos temos escutado que não haveria grande diferença, porque na realidade há muito pouca influência do Espírito Santo na igreja de hoje. Seria mais fácil conhecer nossa situação se observássemos cada aspecto da obra da igreja a partir de outro enfoque, invertendo a pergunta, 'o que restaria da igreja se a atividade do homem fosse removida? Onde estaríamos se isto ocorresse?”

Muito de nossa atividade parece brotar mais da simpatia humana ou nossa lealdade a uma decisão política, do que de um vivificar do Espírito Santo no coração. Em muitas de nossas reuniões, nossas atividades missionárias, nossos desejos por avivamento, tem se a impressão de um desejo de retificar a condição da terra, em vez de por as coisas em harmonia com a vontade dos céus. (a diferença pode parecer insignificante, mas a força motriz, a motivação é totalmente diferente.) Quando Jesus entrou em Jerusalém, por um momento a visão e proclamação do profeta foi cumprida e por um instante a escuridão se levantou dos corações dos judeus . Neste momento único de luz e revelação o clamor foi 'paz nos céus.'


Pascal disse que toda dor desta terra se sente primeiramente nos céus. Se isto é verdade todo nosso trabalhar deveria ser motivado pelo desejo 'de retificar a condição dos céus.' O céu deve estar em primeiro lugar em nossos corações, se não, temos malogrado toda a visão. Temos de buscar e cumprir a vontade de Deus, satisfazer seu querer e estender Seu reino - não cuidar para que a terra funcione bem. 'Sua vontade na terra como nos céus,' não na terra e depois nos céus. 


Voltemos a nossa pergunta? Onde estaríamos se a atividade humana fosse tirada da igreja? Quem está por detrás de cada decisão tomada? É Deus ou o homem? Creio que faríamos bem em perguntarmos a nos mesmos, 'Que restaria se...?' e aplicar esta pergunta a cada meta, cada projeto, cada reunião... . Que restaria de nossa música e louvor se tirássemos todo o conteúdo psicológico do ritmo, percussão, 'o ataque sonoro', adornos musicais, coreografia ..., todo o assunto de corpos tratando de empurrar almas e almas tratando de empurrar espíritos? 


Que restaria de nossa pregação se restasse apenas à mensagem 'ácida' de Deus? Se não houvesse floreadas explicações técnicas ou teológicas, nenhuma das ilustrações e anedotas que focalizam as emoções? Nossos esforços para transmitir a verdade têm sido guiados pelo Espírito Santo? E o que diríamos dos pastores e líderes? Há algum tempo alguém me disse que estava enojado da adulação dada aos pastores e líderes. E se os pastores fossem julgados apenas pelo mérito da presença de Deus em suas vidas? 

Se os pastores perdessem a consciência de que são capazes e suficientes - restaria algo? 


Poderíamos analisar muitas coisas em nossas igrejas, mas apenas nos perguntemos: somos como a igreja de Laodicéia, não percebendo que somos 'desventurada, miserável, pobre, cega e nua?' Creio que muitos dos que têm falado da obra gloriosa de Deus nos dias vindouros tem tido um vislumbre de uma medida da verdade. Temos escutado sobre nosso vazio, morte, e pobreza espiritual, mas parece que há quase nenhum entendimento de como Deus tem que destruir tudo o que é falso em nossa vida e na da igreja. Sim, Deus fará brotar, na igreja, um corpo novo e glorioso. 


Mas irmãos, há muitas, mas muitíssimas coisas, que terão que ser queimadas até que restem apenas cinzas. Deus levantará para si mesmo (e creio que vai ser depois que nossas igrejas, instituições, sociedade e nação e nossa própria natureza passar por seu fogo), uma igreja nascida e formada unicamente por Deus. Uma igreja que não precisa prostar-se ante algum homem, ante alguma organização e ante nenhuma das políticas projetadas para melhorar a união e comunhão com os que pregam 'outro evangelho'. 


Depois da destruição e morte haverá um terceiro dia de ressurreição quando Deus 'nos ressuscitará e viveremos diante dEle.' (Oséias 6:2) 


Uma nova vida. 

Em uma nova igreja. 

Para um novo dia.

Extraído do site: www.ravenhill.org

Autor: Paul Ravenhill


sexta-feira, 14 de agosto de 2020

A Vida pelo Espírito (Romanos 8:1-11)

O Nome do Espírito Santo, ‘o Senhor, o Doador da vida’, é desconhecido em Romanos capítulo sete, mas aqui, no capítulo oito, o fato e o poder do Espírito Santo estão presentes em todo lugar. Aqui encontramos o segredo para calar a luta que nossas almas conhecem tão bem. Aqui está o modo de andar e agradar a Deus (I Ts 4:1) em nossas vidas justificadas. Aqui está a forma, não para ser como eram as vítimas do corpo e os escravos da carne, mas para ‘fazer morrer as práticas do corpo’ em um exercício contínuo do poder interior, e para ‘andar no Espírito’. Eis aqui o recurso no qual podemos estar para sempre alegremente pagando ‘o preço’ de tal caminhar; dando ao nosso redentor e Senhor Seu direito, o valor de Sua compra, mesmo a nossa vontade, amando render-se, no poder todo suficiente do ‘Espírito Santo dado a nós’.

Já ouvimos do Espírito Santo em nossa vida Cristã (Rm 5:5 e 7:6). A água celestial foi vista e ouvida em seu fluir; assim como em uma região de pedra calcária o viajante vê e ouve, através das fissuras nos campos, as águas correntes encobertas, mas vivas. Mas aqui a verdade do Espírito, como tais correntes de águas que por fim encontram saída em algum rochedo acidentado, precipita-se para a luz e anima toda o cenário. Nesta seqüência e tipo de tratamento há uma lição espiritual e também prática. Certamente somos lembrados de que de certa forma possuímos o Espírito Santo em Sua plenitude desde a primeira hora da nossa possessão de Cristo. Somos também lembrados de que é no mínimo possível que precisemos disso para perceber e usar a nossa possessão do pacto para que a vida possa ser desde então uma nova experiência de liberdade e santa alegria. Somos lembrados de que este ‘novo começo’ é novo antes para nós do que para o Senhor. A água esteve correndo todo o tempo sob a rocha. O discernimento e fé, concedidos por Sua graça, não a invocaram do alto, mas ela esteve no interior, liberando aquilo que ali se encontrava.

A lição prática disto é importante para o pastor e professor Cristão. Por um lado, permite a ele fazer muito, da revelação do Espírito, em suas instruções pública e privada. Permite-lhe não deixar lugar, na medida do possível, para dúvida ou esquecimento na mente de seus amigos sobre a absoluta necessidade da plenitude da presença e poder do Santo Espírito, se a vida é de fato Cristã. Fá-lo descrever tão corajosa e plenamente quanto a Palavra descreve o que a vida deve ser e onde habita aquela sagrada plenitude; quão segura, quão feliz, quão serviçal, quão pura, livre e forte; quão celestial, quão prática, quão humilde. Permite-o convencer todo aquele que ainda precisa aprender a conhecer tudo isto em sua própria experiência, clamando sobre seus joelhos pelo dom poderoso de Deus. Por outro lado, o faz ser cuidadoso para não exagerar em sua teoria e prescrever muito rigidamente os métodos de experiência. Nem todos os crentes falham nas primeiras horas da sua fé em perceber e usar a plenitude do que a Aliança lhes dá; e onde aquela compreensão chega depois de nosso primeiro vislumbre de Cristo, como acontece com muitos de nós ela de fato chega, nem sempre é a mesma experiência e ação. Para um é uma memorável crise, um Pentecostes privado. Outro desperta como que de um sono e encontra o inesperado tesouro ao seu alcance, escondido dele até então por nada mais espesso do que sombras. E outro está tão atento que de qualquer maneira usa a Presença e Poder como não usou há um momento atrás, ele cruzou uma fronteira, mas não sabe quando.

Em todos estes casos o crente possui o grande dom todo o tempo. Na aliança, em Cristo, ele era seu. Assim que avançou pela penitente fé no Senhor pisou sobre solo que, é maravilhoso dizer, era todo seu. E sob ele corre, naquele momento, o Rio de Águas Vivas. Ele apenas teve que descobrir, extrair, e aplicar.

Mais uma vez, o relacionamento entre nossa possessão de Cristo e nossa possessão do Espírito Santo que acabamos de mencionar é um assunto de máxima importância, espiritual e prática, apresentada proeminentemente nesta passagem. Ao longo dela, quando a lemos, encontramos inextricavelmente ligadas as verdades do Espírito e do Filho. “A lei do Espírito de vida” está ligada a “Cristo Jesus”. O Filho de Deus foi enviado para tomar nossa carne, para morrer como nossa Oferta pelo pecado, a fim de podermos “andar no Espírito”. “O Espírito de Deus” é “o Espírito de Cristo”. A presença do Espírito de Cristo é tal que, onde Ele habita, “Cristo está em vós”. Aqui lemos ao mesmo tempo uma advertência, e uma verdade da mais rica benção positiva. Somos admoestados a lembrar que não há um “Evangelho do Espírito” à parte. Nem por um momento devemos avançar, como aconteceu, do Senhor Jesus Cristo para uma mais alta ou mais profunda região governada pelo Espírito Santo. Todas as razões, métodos e assuntos da obra do Espírito Santo estão eterna e organicamente conectadas com o Filho de Deus. Somente O temos porque Cristo morreu. Temos vida porque Ele nos ajuntou ao Cristo vivo. Nossa prova experimental de Sua plenitude é que Cristo é tudo para nós, e devemos estar em guarda contra qualquer exposição de Sua obra e glória que possa por um momento excluir estes fatos. Mas não devemos somente estar alertas; devemos nos regozijar na ideia de que a poderosa e infindável obra do Espírito está para sempre completa sob aquele campo sagrado, Cristo Jesus. E todos os dias devemos fazer uso do interno Doador de Vida para fazer por nós a Sua própria e característica obra; para nos mostrar “nosso Rei em Sua beleza”, e ‘encher com Ele nossa fonte de pensamento e vontade’.


Autor: H.C.G. Moule
Extraído do comentário do Bispo Moule sobre “A Epístola aos Romanos”.


sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Morte e Ressurreição em Todas as Coisas

As Escrituras foram escritas por diferentes homens, todos inspirados pelo Espírito Santo. Portanto, existem estilos diferentes para cada livro, mas sempre com o mesmo tema subjacente. Eles abordam diferentes situações históricas em suas gerações, mas todos apontam para o mesmo plano eterno.

A figura central de todas as Escrituras, de Gênesis a Apocalipse, é Yeshua (Jesus), o filho de Deus e o filho de Davi (Romanos 1.3-4). Yeshua é revelado na Lei e nos Profetas como o Anjo YHVH, e nos evangelhos como o Messias.

O evento central das Escrituras é a morte e ressurreição de Yeshua. Esse evento é prenunciado na Lei e nos Profetas, e acontece de fato nos evangelhos. A morte e a ressurreição de Yeshua foram planejadas e predestinadas antes da criação do mundo (Apocalipse 13.8; 1 Pedro 1.20).

Tudo na natureza e na história reflete o tema de morte e ressurreição.

Astronomia - O ciclo da lua dura um mês, no qual a lua parece morrer e voltar à vida. A palavra hebraica para lua (chodesh) é a mesma raiz que a palavra para novo (chadash). O sol se põe todos os dias; o céu escurece e volta a clarear todas as manhãs.

Agricultura - Toda a vida vegetal cresce quando uma semente cai no chão e morre; então volta à vida para dar mais frutos. Toda a natureza sofre agora, mas será libertada e restaurada no reino de Deus (Romanos 8.19-22). O alimento que comemos, quando é um produto animal, exige que um animal vivo tenha que sacrificar sua vida para que possamos continuar a viver (Gênesis 3.21).

Artes - Nos filmes, literatura, pintura e todas as artes criativas, encontramos o tema do herói disposto a desistir de sua vida para salvar o inocente e, em seguida, fazer uma emocionante reviravolta. O artista judeu Marc Chagall fez uma série de pinturas comparando a crucificação com o Holocausto. A série de esculturas de Rick Wienecke, “A Fonte das Lágrimas”, descreve a mesma comparação (www.castingseeds.com). Até a série de bruxaria, do Harry Potter, tem o herói sacrificando sua vida para salvar seus amigos na Cruz do Rei e depois sendo ressuscitado dos mortos.

Corpo físico - Deus projetou nosso corpo para deitar em meio a escuridão sem se mover por várias horas todas as noites e depois se levantar novamente ao amanhecer, como se voltasse à vida. A primeira oração de judeus religiosos todas as manhãs compara o ato de acordar com a ressurreição.

Vida Espiritual - Todo cristão nascido de novo sabe que a fonte de seu novo nascimento e vida espiritual é identificar-se com a crucificação de Yeshua (Gálatas 2.20). Na imersão em água, a cerimônia simboliza ser enterrado e ressuscitado (Romanos 6.4). Nosso ministério ao Senhor geralmente experimenta o que é chamado de “morte e renascimento de uma visão”.

Sacerdócio Levítico - Os sacerdotes no templo ofereciam todos os dias sacrifícios de animais nos quais o animal é um símbolo do Messias morrendo como expiação por nossos pecados e depois ressuscitando dentre os mortos (Levítico 16).

A História de Israel - A nação de Israel passa por destruição, exílio, reajuntamento e restauração - tanto na história bíblica quanto na moderna. O exílio do povo judeu é comparado a uma experiência de morte (Lamentações) e à restauração da nação por meio da ressurreição (Ezequiel 37).

O paralelo da crucificação e ressurreição de Yeshua com a destruição e restauração de Israel é a chave para entender os mistérios do reino de Deus. O padrão de morte e renovação na natureza nos ajuda a entender a criação de Deus.

Muitos dos heróis das Escrituras passaram por experiências de morte e ressurreição. Isaque foi amarrado em um altar e realmente oferecido como sacrifício por seu pai. José foi simbolicamente morto por seus irmãos, jogado em um poço e depois em um calabouço e, eventualmente, ascendeu para governar a nação. Sansão passou por uma experiência de crucificação. Daniel foi jogado na cova dos leões e voltou na manhã seguinte. Jonas praticamente morreu na barriga do peixe e depois voltou à vida.

Morte e ressurreição é um tema consistente em toda a Lei, Profetas e Novo Testamento, e nos ajuda a entender o plano das Escrituras do começo ao fim.

Autor: Asher Intrater
Ministério Revive Israel

ARTIGOS MAIS LIDOS DA SEMANA