Novos privilégios sempre trazem novas responsabilidades e resulta que estas responsabilidades criam novos riscos. Se esta era é a mais favorecida da história dos homens, ela tem, portanto, que enfrentar o maior e mais sério risco. Estes riscos são os de resistir, entristecer e extinguir o Espírito. Estes termos não se referem ao mesmo risco. Existem os que não resistem ao Espírito que ainda assim O entristecem; existem também aqueles que não resistem e não O entristecem no sentido em que o apóstolo usou a palavra, no entanto estão em perigo perpetuo de O extinguir. O perigo de resistir ao Espírito é daqueles que não nasceram de novo; o perigo de entristecer o Espírito é daqueles que nasceram do Espírito e são habitados por Ele; o perigo de extinguir o Espírito é daqueles sobre os quais Ele depositou algum dom para o serviço.
Em João 3:7 Jesus disse a Nicodemos: “É preciso nascer de novo”. Isto se refere ao primeiro ato do Espírito em uma pessoa. Para a mulher Samaritana Ele disse em João 4:14: “Aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna”. Isto se refere ao segundo aspecto da obra do Espírito no crente, como um perene e perpétuo jorrar. Para a multidão que estava na festa Ele disse em João 7:38: “Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior correrão rios de água viva”, referindo-se à obra do Espírito, em seu fluir através do crente a fim de renovar outras vidas.
Os três aspectos da obra do Espírito: regeneração, habitação e provisão revelam os riscos destes tempos.
Em relação à regeneração o perigo é definido pela palavra resistir. Em relação à habitação o perigo é definido pela palavra entristecer. Em relação à provisão para a obra o perigo é definido pela palavra extinguir.
A primeira destas palavras ocorre na defesa de Estevão. Depois de ter enumerado os atos de rebelião que tinham caracterizado a história do povo, ele exclamou em Atos 7:51: “Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito”. Resistir ao Espírito Santo consiste em uma hostilidade determinada a Seus propósitos e obra. Naquele momento nem sempre era evidentemente intencional; o pecado está no fato de que eles não perceberam a oportunidade quando ela veio.
Quando seus irmãos venderam José, eles não entenderam que estavam vendendo o seu libertador para a escravidão. Foi um pecado de cegueira. Quando o povo falhou em entender Moisés, o rejeitaram e murmuraram contra ele, eles não compreenderam toda a missão divina para a qual ele foi levantado. Eles foram hostis à obra do Espírito Santo de Deus e sua hostilidade foi o resultado da cegueira. Resistir ao Espírito Santo, no entanto, não é necessariamente intencional; pode ser o resultado da cegueira; mas quando Deus trata com as pessoas Ele leva em conta a causa da cegueira, e onde esta causa é criada por eles mesmos. Ele os responsabiliza. O ciúme e o ódio de sua legítima posição cegaram os irmãos de José; e o mesmo espírito de malícia estava na raiz da oposição a Moisés. Eles estavam cegos, e por causa da cegueira cresceu a hostilidade.
Os crentes precisam continuamente examinar a si mesmos se estão na fé. Existem muitos que negariam veementemente a acusação de serem hostis aos propósitos divinos, cujas vidas estão fora de toda a harmonia com os movimentos do Espírito. Aquele que veio para estabelecer o reino de Deus no coração do povo, Aquele que veio para trazer para a vida humana justiça e amor como forças que transformam e transfiguram, ainda não está apto para concluir tais propósitos neles, porque o Espírito Santo está sendo resistido. Aos Coríntios (II Co 13:5) o apóstolo escreveu: “Examinai-vos a vós mesmos se permaneceis na fé”. É um alerta solene, que ocorre depois da expressão de um temor de sua parte (II Co 12:20): “Porque temo que, quando chegar,... haja contendas, invejas, iras,..., tumultos”. Todo tipo de impureza pode ser resumido em um pensamento de falta de amor. Dentre as coisas que o apóstolo estava temendo, não havia nenhuma que fosse obra de notória impureza. Era o espírito de facção, sismo e divisão que ele temia; e seu temor provocou sua advertência. “Examinai-vos a vós mesmos se permaneceis na fé”. Esta foi a palavra dita, não para o mundo lá fora, mas para os que professam ser Cristãos. A questão, tanto para as pessoas que resistem ao Espírito, quanto para as que são uma parte da força no mundo que é hostil ao Espírito, está estabelecida, não pelo julgamento que os vizinhos fazem, mas pelo julgamento claro como a luz e penetrante como o fogo, quando no lugar da intimidade com Deus a oração é sinceramente oferecida: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos, vê se há em mim algum caminho perverso, e guia-me pelo caminho eterno”. (Sl 139:23-24).
O segundo perigo é o de entristecer o Espírito Santo. Não há palavra no Novo Testamento que mais clara e graciosamente revele a ternura do coração de Deus. A palavra ‘entristecer’ significa literalmente ‘causar mágoa’ e revela um caso extraordinário da forma na qual Deus graciosamente usa o ser humano para a ilustração de Sua própria atividade de afeição e pensamento. Há um entendimento de que é difícil pensar que Deus se entristece, e ainda se curva para esta grande palavra, a fim de ensinar que é possível aos Seus filhos, habitados pelo Espírito, causarem tristeza ao Seu coração. Não deixe ninguém minimizar o valor desta palavra. Não aflija, não cause tristeza, não magoe o coração de Deus.
As palavras ocorrem em meio ao mais magnífico argumento a respeito da sublime chamada de Deus para o Seu povo, e está conectada com a declaração (Ef 1:13-14), “No qual também vós, tendo ouvido a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, e tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa, o qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão de Deus, para o louvor da sua glória”. O Espírito Santo sela para o dia da redenção. Quando Ele faz morada no coração da alma confiante, não é somente para a bênção presente, mas é também para a consumação. Quando o Espírito Santo toma posse de uma alma e concede vida, aquela vida é a profecia e a promessa para uma eventualidade. Para aqueles que são filhos de Deus o completo significado do fato ainda não existe (I Jo 3:2), “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é, o veremos”.
Ninguém pode imaginar qual será a glória da Sua vinda, nem mesmo pode saber qual será a glória dos filhos de Deus quando a obra de Deus estiver acabada em suas vidas. O Espírito Santo no interior sela até aquele glorioso fim. A selagem não consiste em simplesmente colocar uma marca de possessão sobre uma propriedade, mas no trabalhar na vida de toda a beleza e graça do Próprio Cristo. Como quando nosso abençoado Senhor foi transfigurado na montanha, não foi a transfiguração de uma glória que veio sobre Ele, mas a da glória que já era residente em Seu interior, brilhando através do véu da Sua carne. Deste modo, quando o Espírito sela, Ele assim faz pelo dom da vida, que é capaz de transformar o caráter.
É deste segundo aspecto da obra do Espírito que surge o segundo risco. Sempre que Ele é impedido, sempre que Ele é desobedecido, sempre que Ele dá alguma nova revelação de Cristo que não traz resposta, Ele é entristecido. O coração de Deus está triste quando, pela desobediência de Seus filhos, Seu propósito de graça neles é obstruído. Que tristeza! Quão frequentemente o Espírito Santo tem sido entristecido; quão frequentemente Ele traz alguma visão do Mestre que exige devoção, reivindicando uma nova consagração; e porque o caminho da devoção e da consagração é sempre o caminho do altar e da cruz, os filhos do Seu amor retrocedem. O Espírito tem sido entristecido porque, impedido em Seus propósitos, o dia do aperfeiçoamento dos Seus santos tem sido postergado e a vinda do Reino de Deus tem sido atrasada. É um pensamento muito terrível o de que o entristecimento do Espírito dentro da Igreja posterga a vinda do Reino de Deus ao mundo. Na medida em que os homens são obedientes ao Espírito interior e permitem a Ele ter Seu caminho em todas as áreas da vida, nessa proporção estão apressando a vinda do dia de Deus, trazendo o Reino de Paz.
O terceiro e último perigo é o descrito pelas palavras (I Ts 5:19), “Não extingais o Espírito”. A palavra extinguir não se refere à morada interior do Espírito para vida e desenvolvimento no crente. Ela se refere inteiramente à Sua presença como um poder em serviço. A palavra em si é sugestiva. Resistir pressupõe a vinda do Espírito Santo para atacar a fortaleza da alma. Entristecer pressupõe a residência do Espírito como o Consolador interior. A palavra extinguir pressupõe a presença do Espírito como um fogo. Esta sugestão do fogo traz de volta as palavras (At 2:3), “E lhes apareceram umas línguas como que de fogo, que se distribuíam, e sobre cada um deles pousou uma”. Fogo era o símbolo de poder para adorar, orar e profetizar. No argumento do apóstolo as duas coisas estão ligadas (I Ts 5:19-20). “Não extingais o Espírito; não desprezeis as profecias”. Aqui está o terceiro perigo. O Espírito, que veio sobre o crente para adorar, orar e profetizar, pode ser extinto. É possível que o dom do Espírito Santo, concedido para o serviço, possa ser perdido. É possível que aqueles sobre os quais tenha caído, desapercebida pelos olhos mortais, a Língua de Fogo, aqueles que têm sido chamados por Deus para o lugar do verdadeiro serviço na Igreja, possam extinguir o Espírito e assim perderem o seu poder de testemunho.
Há muita extinção do Espírito Santo pelo serviço que não espera, mas se apressa, e pela queima de fogo estranho sobre os altares de Deus. A tentativa de conduzir a obra do Reino de Deus por meios mundanos, a permanente profanação das coisas santas pela aliança com coisas que são impuras, a pressão do espírito de cobiça (mamom) no serviço de Deus, têm causado a extinção do Espírito. Porque Deus jamais permitirá que o Fogo do Espírito Santo seja misturado com fogos estranhos sobre Seus altares. O que é verdade para as Igrejas é verdade para o indivíduo. Deus tem equipado o Seu povo para o serviço com dons espirituais. Para cada um, algum Fogo do dom de pregar ou de influir tem sido dado; mas tem sido perdido quando cessado de ser usado na lealdade para com Cristo. Muitos perdem seu dom de poder para o serviço e se tornam estéreis de resultados no trabalho para Deus porque prostituem um dom celestial para um serviço sórdido e egoísta, para a glorificação de suas próprias vidas, ao invés de exercitarem o dom somente para a sua verdadeira finalidade.
Os crentes constantemente extinguem o Espírito por tentarem trabalhar em sua própria força, esperando que Deus intervenha e complemente suas deficiências. Deus não virá e ajudará homens a fazerem suas próprias obras. Ele pede que eles se doem a si mesmos a Ele para fazer a Sua obra. Este não é um jogo inútil de palavras, a diferença é radical. Se os homens fazem os seus planos de serviço e então pedem a Deus para ajuda-los, eles podem, pela própria afirmação do ego, extinguir o Espírito. Se, por outro lado, esperam a visão e a voz Divina, e o caminho divinamente apontado, se esperam até que ouçam Deus dizendo, ‘Estou indo para lá, precisaria que você fosse comigo’, então o Espírito Santo pode exercitar Seu dom em suas vidas. O Espírito é extinto pela deslealdade a Cristo, ou quando Seu dom é usado em algum outro propósito além daquele no qual o coração de Deus está posto.
Não resista, não entristeça, não extinga o Espírito!
Autor: G. Campbell Morgan
De ‘O Espírito de Deus’ (The Spirit of God).
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Palavras de Vida Eterna
quinta-feira, 28 de janeiro de 2021
Não Resista, Não Entristeça, Não Extinga
terça-feira, 12 de janeiro de 2021
O Espírito e a Salvação
Os que creem estão seguros porque o dom de Deus é a vida eterna. Vida eterna que alguém possui hoje e perde amanhã não é vida eterna. A vida eterna é permanente; é uma vida sem fim. Ela é uma dádiva e uma posse atual do crente: “Aquele que crê em mim tem a vida eterna.” A vida eterna é uma vida gerada pelo Espírito Santo. Pelo primeiro nascimento nós fomos unidos ao primeiro Adão; pelo segundo nascimento nós fomos unidos ao Último Adão. Quando alguém nasce numa determinada família humana ele não tem como perder sua identidade com ela. A mesma coisa acontece com a família celestial: nascendo nela, pela operação do Espírito Santo, nós não podemos perder nossa identidade divina
Selados pelo Espírito
O crente em Cristo esta seguro porque ele foi selado pelo Espírito Santo: “...e tendo também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa” (Ef 1:13). Este selo é também o “penhor” até “a redenção da possessão adquirida” (inglês). Satanás não tem como roubar uma vida que foi marcada com o selo de Deus. Não foi isto que o Senhor Jesus prometeu: “Minhas ovelhas nunca perecerão”? Afirmar que uma vida selada com o Espírito Santo pode se perder é declarar que o selo de Deus é insuficiente para levá-la ao destinatário, o que neste caso é o céu.
O Espírito Entristecido
O Rei Davi pecou gravemente contra o Senhor no caso da mulher de Urias. No Salmo 51 ele descreveu o arrependimento sincero do seu coração diante do Senhor. Ele disse: “Torna a dar me a alegria da Tua salvação” (v. 12). Observe que ele não pediu a salvação de volta, mas sim a alegria da salvação. Não podemos confundir portanto, a certeza com a alegria da salvação.
Porque o Espírito Santo se entristece quando o crente peca? Primeiro porque Ele é o Espírito Santo e todo o pecado Lhe é ofensivo. Segundo, porque ele tem que deixar a deleitável ocupação de revelar ao crente as perfeições e glorias de Cristo para lhe mostrar seu pecado e transgressão. Neste caso, a alegria e consolação são tiradas do crente, até que ele julgue e resista ao mal que o Espírito tanto detesta. Logo que isso é feito, a comunhão é restaurada.
Extraído da Revista Palavra Profética, 1987
PSD 050511
sábado, 9 de janeiro de 2021
Cheio do Espírito mas Bloqueado
É impossível ser cheio do Espírito e ao mesmo tempo frustrado por não podermos liberá-lo a outros. Isto porque nos lançamos sobre os resolutos esforços de Satanás para bloquear nossas mentes e assim frustrar o fluir do Espírito Santo. “Portanto sede sóbrios” (IPe 4:7).
Embora nossos padrões de pensamentos possam ser influenciados por muitas fontes e por uma multiplicidade de coisas, ajudará a simplificar nosso entendimento considerarmos as três áreas principais que precisam da nossa vigilante atenção. O principal objetivo de Satanás é criar confusão e distração, deste modo não devemos “ignorar os seus ardis” (II Co 2:11). Devemos também usar armas espirituais para frustrar suas táticas, porque argumentos carnais são de nenhum proveito neste combate (II Co 10:4).
A primeira área que devemos guardar é aquela dos assuntos diários que demandam nossa atenção, as tarefas imediatas e responsabilidades nas quais estamos envolvidos, tais como nosso trabalho, nossa família e atividades em tempo livre. O perigo aqui é o de permitir que estas coisas dominem totalmente nossos pensamentos. Jesus faz referência aos “cuidados deste mundo” que sufocam a palavra (Mc 4:19), deste modo impedindo o fruto (Mt 13:22). Satanás procurará bloquear nossas mentes até mesmo com coisas legítimas e necessárias. Ele também nos desafiará na constante batalha de relacionamentos ao sentirmos que devemos declarar ou defender nossos direitos.
Ele está continuamente no trabalho de buscar promover estas sórdidas brigas no lar e em nosso local de trabalho. Tristemente mesmo na igreja ao tentarmos tomar nosso próprio caminho mesmo que esse traga amarga inveja e discussão. Isto é falsa sabedoria e o triste resultado é desordem e toda obra perversa (Tg 3:15-16). Tudo isto está em violento contraste com a sabedoria espiritual que traz uma colheita de paz (Tg 3:17-18). Sendo assim, como lidamos com este problema?
Não existe melhor forma de começar um dia ocupado que se ocupar em um breve tempo com o Senhor. Como Maria, precisamos nos sentar aos pés de Jesus, ouvir Suas palavras e olhar para Sua face (Lc 10:42). Então ao encararmos as pequenas tarefas diárias elas provavelmente nos distrairão menos. As dificuldades do dia serão controladas muito mais eficientemente se não negligenciarmos nossa comunhão com Ele. Não há dúvida de que iremos irradiar uma graciosa calma e confiança assim que emergirmos do nosso tempo em Sua presença.
Este primeiro canal para a mente, ainda que ocupado, não deve vir a ser bloqueado! Então, quando temos isto claro, a vida de Jesus será capaz de fluir desimpedida, nos capacitando não somente a carregar nossas próprias cargas mas também as de outros (Gl 6:2).
A segunda área é quando Satanás tenta invadir violentamente nossos pensamentos para que fiquemos desnorteados e confundidos. Em momentos como este não é estranho para alguns crentes chegar muito perto de ter um colapso mental. Se seguirmos toda a assim chamada 'orientação' sem conferi-la cuidadosa e devotamente, poderemos correr o risco de ouvir a voz do desconhecido! Se falharmos em exercitar o discernimento nessa área estaremos falhando em atender a advertência do Bom Pastor (Jo 10:5).
Então como podemos reconhecer nosso inimigo? Podemos reconhecê-lo pelo tom da sua voz, pela tática que ele usa e finalmente pelo efeito que suas palavras têm sobre nosso espírito. O inimigo será agressivo, buscando conduzi-lo a fazer coisas irracionais, citando até a Escritura fora do contexto (Mt 4:6). Ele o acusará, sugerindo que você é um fracasso tal que ir à igreja, ler sua Bíblia, ou mesmo orar é pura hipocrisia (Ap 12:11). Ele criará ansiedade por atormentá-lo, sugerindo muitas coisas duvidosas que o deixam perturbado, inquieto e sob tensão.
Sim, esteja em guarda contra a voz ameaçadora, incômoda e acusadora do desconhecido. Não dê atenção a essa voz, que é mais como a de um carniceiro do que a de um pastor.
Qualquer tática que Satanás use, mesmo que você não tenha certeza, não esteja passivo! Como Jesus, você deve resisti-lo ativamente (Lc 4:8). Não argumente, mas use a Palavra de Deus como uma espada (Ef 6:17). Relembre-o de que ele é um inimigo derrotado (I Jo 3:8); que você está em Cristo que o derrotou (Cl 3:3) e que nada pode jamais o separar do Seu amor (Rm 8:35-39). Diga ao inimigo que o amor de Deus por você não está baseado no seu desempenho mas na perfeição do amor de Cristo por você (Ef 1:6). Relembre-o da vinda do seu julgamento e condenação final (Ap 20:10).
Diga em voz alta sua confissão de fé. Diga, 'Escolhi ouvir somente a voz do meu Pastor. Silêncio toda interferência do desconhecido, por todo o poder do Calvário, eu o resisto!' Se você sente precisar de mais ajuda, tome outro para resistir com você em oração, mas lembre-se, você deve continuar a resistir ativamente, você não deve esperar outros fazerem todo o combate.
Agora vamos para a terceira área que você deve guardar e a razão de toda esta atividade satânica. Ela é para distrair você e abafar a voz baixa e serena do seu Pastor (Jo 10:3-4). Em direto contraste com a voz severa e exigente de Satanás, Jesus é gentil em Sua abordagem. Sua voz é tão cheia de amor que o perigo agora é que você possa facilmente ignorá-la!
Após ter silenciado ativamente todos os sons perturbadores, aprenda a responder ao gentil anseio do Pastor. Você será guiado para Seus verdes pastos, repousado e refrescado por Suas águas tranquilas. Sua presença o confortará e o guiará por toda circunstância obscura e difícil. Você não temerá a dificuldade (Sl 23:1), 'pastos verdes' (v2), 'águas tranquilas' (v2), 'refrigera a minha alma' (v3), confiança em Sua mão guiadora (v3), e completa paz da mente (v4).
Será que devemos seguir todos os pensamentos que achamos que Ele está tentando colocar em nossas mentes, obedecendo-os sem questioná-los ou conferi-los com as Escrituras? Certamente que não! Mas se a comunicação se ajusta às nossas circunstâncias como uma chave se ajusta a uma fechadura e está em harmonia com os princípios Bíblicos, então a fé pode suavemente girar a chave e obedecer à palavra. Porém, uma palavra de precaução, seja cuidadoso para não forçar a chave ou empurrar muito forte, pois quando Deus abre uma porta de orientação ela gira sobre uma dobradiça bem lubrificada, e homem nenhum pode batê-la em sua cara (Ap 3:8).
É assim que Jesus andava em comunhão diária com Seu Pai, sempre alerta e ouvindo aquela voz interior. Ele disse, “Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma; como ouço, assim julgo; e o meu juízo é justo” (Jo 5:30).
Visto que vivemos no Espírito, seremos de modo crescente “guiados pelo Espírito” (Rm 6:14); filhos que foram livres da escravidão de Satanás para gozarem de libertação e liberdade para viver para Jesus.
Contudo, se o seu caminhar traz um senso de preocupação e inquietação em seu espírito, considere sua situação em oração. Também é aconselhável compartilhar seus discernimentos com crentes cheios do Espírito que os confirmarão e darão suporte em seu passo de fé.
Deus nunca chamará sua atenção por fazer certo (Tg 1:5). Além disso, nunca se esqueça de que Jesus prometeu que todo aquele que O segue “de modo algum andará em trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8:12). A palavra de Deus sempre trará luz para seu problema. A luz não somente trará confiança, mas também concederá a você uma exaltação em seu espírito. Então quando você obedecer à luz e tomar a coragem da exaltação, você chegará à maravilhosa liberdade.
Deste modo, ande no Espírito, guardando sua mente livre de qualquer bloqueio de Satanás, aberta para a sugestão de Jesus, e sem demora você será agradavelmente surpreendido pelo modo gracioso no qual Ele vai ministrar através de você. Libere mais sua mente para a plenitude do Espírito.
Autor: Eric Maddison
Do livro: “You Can Find God's Best” (Você pode Encontrar o Melhor de Deus).
PSD 03052011
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